segunda-feira, 30 de abril de 2012

“Só fiz arrancar a cabeça e botar na estaca. Depois fui pra casa dormir”

Um crime bárbaro que chocou a região da Zona da Mata de Alagoas. 

O assassinato do cortador de cana José Roberto da Silva, 22, morto com requintes de crueldade, na periferia da cidade de Murici, chamou a atenção até dos mais experientes policiais.

Vítima José Roberto da Silva, encontrado sem cabeça

A vítima saiu da casa do pai, o aposentado José Maria, 69, na noite da quarta-feira (25), sem falar para onde ia.

As horas se passaram e José Roberto não retornava. Mas a demora não era motivo de preocupação, pois o filho era acostumado a sair de casa e voltar dias depois.

Por volta das 6h da manhã da quinta-feira (26) um vizinho de José Maria chegou em sua casa lhe trazendo a trágica notícia. José Roberto estava morto.

Ao chegar ao local à cena encontrada sobressaiu a dor da notícia do filho morto.

José Roberto foi morto com 14 golpes de faca. Mas o extinto dos assassinos não se limitou apenas em golpeá-lo. A vítima teve a cabeça decepada, colocada em uma estaca e uma orelha arrancada.

A repercussão do crime levou a Polícia iniciar rapidamente as investigações. Não durou muito para que os matadores fossem presos. Luiz Paulo dos Santos, o “Lula” 23; Josuel Luiz dos Santos Pinheiro, 21, o “Delis”; Edvan Santos da Silva, “Vanzinho”; Emerson Fernandes da Silva, o “Bob” e dois menores: F.J.S. e E.M.S.S.S., 15, este último que confessou ser o articulador de todo o trama, foram levados para a Delegacia de Murici, onde ainda tentaram negar participação na barbárie, mas com relatos de testemunhas, terminaram por assumir o que fizeram.

E.M.S.S relata como praticou o crime

Ouvidos pelo delegado Oldemburgo Paranhos, que estava de plantão na Delegacia Regional de União dos Palmares, a narrativa mais chocante foi a de E.M.S.S., que mostrou frieza em seu depoimento, surpreendendo o delegado com 34 anos de polícia.
“Matei porque ele queria beber a cachaça da gente”, justificou o criminoso.

Perguntado como ele havia tramado e assassinado a vítima, o menor continuou com sua frieza.

“A gente tava bebendo na calçada do Fábio, quando ele (a vítima) chegou querendo beber. Ele já tava bêbado e eu não dei a bebida. Eu neguei, foi quando ele partiu para bater em mim e eu pulei. Ele chegou derrubou a nossa bebida e saiu correndo... ai a gente correu atrás e pegou ele. Peguei um ferro e joguei nas costas dele e ele caiu, ai joguei uma pedra grande e eu fiquei doido”.

“Um dos meninos segurou ele e colocou a cabeça dele na pedra e eu com a faca comecei a cortar. Enquanto eles me ajudavam, segurando o cara, mas ai um osso bateu na faca e eu terminei o serviço com uma pedra”.

No momento que o delegado perguntou o porque dele colocar a cabeça em uma estava, a resposta foi outra anomalia.

“Me deu vontade. Procurei o pau mais alto e coloquei lá, depois disso todo mundo começou a me respeitar”.


Em seu frio relato ele admite que “apenas” bateu com uma pedra na vítima e decepou a cabeça e que o restante da atrocidade teria feito pelos amigos.

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