A adolescente Júlia Apocalipse,
de 13 anos, que está internada no Hospital Miguel Soeiro após ser agredida em
uma escola em Sorocaba (SP), recebeu a visita de um dentista na tarde desta
quarta-feira (10). O profissional foi chamado para avaliar os estragos na boca
da menina, que teve dois dentes arrancados durante a briga. A jovem passará por
uma cirurgia ortodôntica. Júlia foi socorrida pelo pai com várias lesões após
ser espancada por uma garota mais velha dentro da escola, localizada na Zona
Norte da cidade. A agressão foi no começo da tarde da última terça-feira, na
Escola Estadual Hélio Del Cístia, no Jardim São Guilherme. Júlia apresenta
dificuldades em alguns movimentos devido aos traumas no rosto. Além dos
hematomas, a adolescente teve afundamento em vários dentes e perdeu dois deles.
A Secretaria da Educação do Estado nega que a agressão tenha ocorrido dentro da
escola.
Júlia passará por cirurgia ortodôntica
O pai da adolescente, Jaime
Apocalipse, diz que tenta se recuperar do trauma de encontrar a filha
desacordada. “Os dentes da minha filha foram encontrados dentro da escola.
Fiquei com eles nas mãos e morrendo por dentro, pois não tenho condições
financeiras para reparar o estrago que fizeram nela”, desabafa emocionado o
aposentado, de 44 anos. Jaime diz não entender o motivo da agressão pois,
segundo ele, vítima e agressora não se conheciam. De acordo com informações do
boletim de ocorrência, por volta das 12h a vítima saiu da escola e foi atacada
por uma garota que estava na calçada. Testemunhas contam que a garota mais
velha agarrou a adolescente pelos cabelos e batia a cabeça dela no chão
repetidas vezes. As agressões continuaram mesmo depois da vítima perder a
consciência.
Menina de 13 anos foi agredida em escola de Sorocaba
Para escapar das agressões, a
jovem correu para dentro da escola, mas foi seguida e continuou a ser
espancada. A agressora – que seria uma outra adolescente, de 16 anos – agarrou
a vítima pelos cabelos e bateu por diversas vezes a parte frontal de seu rosto
no chão. “Me contaram que ela [a agressora] batia na minha filha e gritava:
‘Quero ver quem vai te querer agora, quero ver você ser bonita agora’”. O caso
será investigado pela Delegacia de Infância e Juventude (Diju). Por meio de
nota, a Secretaria Estadual da Educação afirma que as agressões ocorreram
"fora do ambiente escolar" e que orientou os pais da vítima a
registrarem um boletim de ocorrência.
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