Um soldado da Polícia Militar foi
preso suspeito de participar da chacina que matou 18 pessoas em Osasco e
Barueri, na Grande São Paulo, em 13 de agosto. O policial tem 30 anos, prestava
serviços administrativos no prédio das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar
(Rota) e foi detido no prédio da Corregedoria da corporação. O nome dele não
foi divulgado. A prisão administrativa foi decretada depois que a Corregedoria
ouviu um sobrevivente da Rua Suzano, um dos locais onde aconteceram ataques em
Osasco. Segundo o depoimento, "a testemunha narrou ter visto o rosto do
seu agressor e, depois de observar fotografias apresentadas pelo DHPP, apontou,
com clareza, o soldado como sendo autor de um dos disparos". O homem nega
o crime e diz que estava com a namorada no horário da chacina. Este é o
primeiro suspeito preso. Ao todo, 54 policiais foram ouvidos, sendo que 18 são
investigados: 11 soldados, dois cabos e cinco sargentos. Entre eles estão sete
PMs de Osasco que chegaram ao mesmo tempo num bar da capital paulista depois de
sair do serviço na noite da chacina. A principal linha de investigação é que a
sequência de assassinatos tenha sido uma vingança por duas mortes: a de um
policial militar num posto de combustíveis, uma semana antes da chacina, e a
morte de um guarda-civil de Barueri, dois dias antes dos crimes. Outra
testemunha narrou para a Corregedoria que ouviu de um conhecido, cuja
identidade não foi revelada, o nome e o apelido do atirador canhoto que aparece
nas imagens de blusa azul, dominando dez pessoas e atirando em duas delas. A
Corregedoria já sabe que este atirador não é policial militar, mas pode ser o
marido de uma soldado da PM que trabalha em um dos batalhões de Osasco.
Suspeito - O soldado preso também
prestou depoimento. Ele estava afastado das ruas e contou à Corregedoria que já
foi indiciado por cinco homicídios, além de ser suspeito de integrar um grupo
de extermínio. O homem acrescentou, porém, que a Justiça o inocentou em dois
casos.
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