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Vinte dias depois de um ataque
violento a um carro-forte no Interior do estado, uma revelação da Polícia aponta que o crime foi milionário. A quadrilha que explodiu o cofre do veículo
blindado da empresa de segurança privada
Corpvs teria roubado, nada menos, que R$ 10 milhões em espécie. Além
disso, outros R$ 2 milhões teriam sido destruído pelo fogo. A informação do
milionário roubo veio quando a Polícia Civil passou a investigar o caso. No
depoimento dos vigilantes que foram tomados como reféns pelos criminosos, a
revelação de que, no momento do crime, o carro-pagador transportava
aproximadamente R$ 12 milhões em espécie, divididos em vários malotes colocados
no cofre de aço do blindado. Mesmo com uma grande mobilização das polícias Civil
e Militar, e um aparato que incluiu até um helicóptero nas buscas à quadrilha,
ninguém foi preso até agora, nem mesmo suspeitos foram detidos. A quadrilha simplesmente desapareceu do Ceará
levando na sacola os R$ 10 milhões que eram destinados à diversas agências
bancárias de Municípios do Sertão Central.
Feridos - O assalto ocorreu no
fim da manhã do dia 28 de outubro último, quando o carro-forte trafegava pela
rodovia estadual CE-060. Quando o veículo atingiu a localidade de Sítio
Patacas, no distrito de Uruquê, em Quixeramobim, a quadrilha apareceu em, pelo menos, três
veículos. O grupo estava fortemente armado e “fechou” a estrada, impedindo o
trajeto do blindado. A seguir, os ladrões passaram a disparar tiros de fuzil e
de metralhadoras, forçando os vigilantes a deixar o carro-forte. O passo
seguinte foi a detonação de explosivos
no cofre do veículo. Os
criminosos se apoderaram rapidamente dos malotes, mas deixaram alguns ainda no
local, e desapareceram. Na fuga, os assaltantes se depararam com uma viatura da
Delegacia Regional da Polícia Civil de Quixeramobim e passaram a atirar. Os
agentes revidaram, se estabelecendo um tiroteio na rodovia. O
delegado-regional Salviano de Pádua
Freire e três inspetores foram baleados e transferidos para Fortaleza e
hospitalizados. Todos já receberam alta
médica. A Polícia suspeita que a quadrilha tinha informações privilegiadas
sobre o milionário assalto e já sabe que o grupo era formado por bandidos
cearenses e de outros estados. Um dos veículos utilizados pela quadrilha, tinha
placas de Salvador (BA) e havia sido preparado para o ataque. Os criminosos
instalaram chapas de aço da parte traseira da caminhonete importada. Através de
um buraco feito nesta chapa foi colocado o cano de uma metralhadora de calibre
.50, arma de uso militar, de grande poder de fogo e por ser antiaérea, é capaz
de abater aeronaves em voo. Cápsulas de
balas encontradas no local mostraram que os criminosos usaram também fuzis de
calibres 5.56 e 7.62, também armas de uso militar.
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