Após três bocas de fumo serem
estouradas em menos de 24 horas por policias militares e serem efetuadas as
prisões de sete pessoas, além da apreensão de 4 menores. Um colapso no sistema
carcerário aconteceu novamente nas últimas horas em Iguatu. É o que foi
confirmado pelo delegado Jerffison Pereira (foto). “Estamos sem espaço para
novos presos, no total as celas da DRI estão com 26 homens, e não cabe mais
ninguém”. Na delegacia da mulher a situação não é diferente, a superlotação
também acontece e preocupa o delegado, “ nas celas da Delegacia da Mulher
também não cabem mais ninguém, lá estão presas as mulheres infratoras e também
existe um espaço para os menores apreendidos, mas as condições não são as
melhores”. O colapso vivido neste momento no sistema carcerário já aconteceu
várias vezes e parece ser algo sem solução. O próprio Bispo de Iguatu, dom
Édson de Castro Homem, considerou desumana a situação em que se encontram
presos na Cadeia e na Delegacia Regional de Polícia Civil. “Ao invés de
recuperar, o sistema está destruindo ainda mais o lado humano. Entregamos um
documento com nossas reivindicações, pedimos soluções imediatas e em médio e
longo prazos”. O caos no Sistema Prisional de Iguatu também já foi debatido em
recente reunião no auditório do Hotel Diocesano. O encontro aconteceu em março deste ano, a
iniciativa foi da Diocese de Iguatu por meio da Comissão de Justiça e Paz e da
Promotoria Pública da comarca. A Cadeia Pública está interditada há um ano por
determinação do juiz da Vara de Execuções Criminais, Josué de Souza Lima. Estiveram
presentes no encontro, representações da Prefeitura de Iguatu, da Câmara de
Vereadores e de entidades comunitárias participaram do evento. Por intermédio
do Ministério Público do Estado, foi ajuizada uma ação civil pública contra o
Estado do Ceará, que requer a realização de serviços e reforma na Cadeia em um
prazo de 180 dias, além da desinterdição parcial do estabelecimento. Os
promotores de Justiça querem a construção de uma nova cadeia e a realização de
obras de reforma em instalações sanitárias, elétricas e estrutural. Mas até o
momento a situação não mudou e o governo do Ceará não dá uma solução para o
problema.
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