sexta-feira, 6 de maio de 2016

“Não tenho espaço para colocar novos presos nas celas”, avisa o delegado de Iguatu

"Não tenho espaço para colocar novos presos nas celas", avisa o delegado de Iguatu
Após três bocas de fumo serem estouradas em menos de 24 horas por policias militares e serem efetuadas as prisões de sete pessoas, além da apreensão de 4 menores. Um colapso no sistema carcerário aconteceu novamente nas últimas horas em Iguatu. É o que foi confirmado pelo delegado Jerffison Pereira (foto). “Estamos sem espaço para novos presos, no total as celas da DRI estão com 26 homens, e não cabe mais ninguém”. Na delegacia da mulher a situação não é diferente, a superlotação também acontece e preocupa o delegado, “ nas celas da Delegacia da Mulher também não cabem mais ninguém, lá estão presas as mulheres infratoras e também existe um espaço para os menores apreendidos, mas as condições não são as melhores”. O colapso vivido neste momento no sistema carcerário já aconteceu várias vezes e parece ser algo sem solução. O próprio Bispo de Iguatu, dom Édson de Castro Homem, considerou desumana a situação em que se encontram presos na Cadeia e na Delegacia Regional de Polícia Civil. “Ao invés de recuperar, o sistema está destruindo ainda mais o lado humano. Entregamos um documento com nossas reivindicações, pedimos soluções imediatas e em médio e longo prazos”. O caos no Sistema Prisional de Iguatu também já foi debatido em recente reunião no auditório do Hotel Diocesano.  O encontro aconteceu em março deste ano, a iniciativa foi da Diocese de Iguatu por meio da Comissão de Justiça e Paz e da Promotoria Pública da comarca. A Cadeia Pública está interditada há um ano por determinação do juiz da Vara de Execuções Criminais, Josué de Souza Lima. Estiveram presentes no encontro, representações da Prefeitura de Iguatu, da Câmara de Vereadores e de entidades comunitárias participaram do evento. Por intermédio do Ministério Público do Estado, foi ajuizada uma ação civil pública contra o Estado do Ceará, que requer a realização de serviços e reforma na Cadeia em um prazo de 180 dias, além da desinterdição parcial do estabelecimento. Os promotores de Justiça querem a construção de uma nova cadeia e a realização de obras de reforma em instalações sanitárias, elétricas e estrutural. Mas até o momento a situação não mudou e o governo do Ceará não dá uma solução para o problema.

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