quinta-feira, 28 de julho de 2016

Acopiara - População aguarda desfecho da investigação sobre morte de Karina Firmino

Karina foi morta a tiros na porta de casa por dois pistoleiros
Karina foi morta a tiros na porta de casa por dois pistoleiros

Quase 90 dias após o assassinato da jovem Karina Firmino, na cidade de Acopiara, na região Centro-Sul do Estado, a família dela e a população aguardam o desenrolar da investigação policial que deve apontar, pelo menos, cinco pessoas como envolvidas diretamente no crime, entre mandantes, intermediários e executores. A Polícia Civil finaliza as investigações através do Núcleo de Homicídios da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte. A quebra do sigilo telefônico de, pelo menos, três suspeitos, além da própria vítima, pode trazer à tona importantes pistas para o fechamento do inquérito  com o indiciamento dos envolvidos no assassinato. Entre os mandantes podem estar dois agentes da Segurança Pública. Outro suspeito seria um dos pistoleiros responsáveis pelos tiros que ceifaram a vida da garota. Importantes depoimentos foram tomados pela Polícia nos últimos dias e as declarações teriam fortalecido as pistas para a identificação dos envolvidos. Segundo informações do Departamento de Polícia do Interior (DPI), da Polícia Civil, o relatório do inquérito deve estar pronto até a próxima semana, não sendo descartada a possibilidade de encaminhamento à Justiça de pedidos de prisões preventivas.

O crime - Era noite de 4 de maio último, quando a jovem Karina Firmino, que tinha apenas 21 anos de idade e  uma filha de 9 meses de vida, chegava em casa em sua  motocicleta. Quando desembarcou do veículo e abri a porta da residência, foi surpreendida por dois pistoleiros, que passaram a atirar com pistolas. Karina teria recebido, ao menos, cinco tiros à queima-roupa. Socorrida por familiares e vizinhos, chegou a receber o primeiro atendimento médico de urgência no Hospital de Acopiara e, logo depois, foi transferida para o hospital de Iguatu, onde ali faleceu em poucas horas. A Polícia descobriu que Karina vinha sofrendo ameaças de morte após ter um caso amoroso com um policial militar, um soldado da PM destacado no Ronda do Quarteirão de Acopiara (e sobrinho do prefeito daquele Município). O militar é casado com  uma escrivã da Polícia Civil lotada na delegacia daquela mesma cidade.  Ao ser descoberto o romance entre Karina e PM e o fato da garota ter engravidado, a jovem passou a sofrer ameaças de morte.

Protesto e acompanhamento - Indignada com o crime, a população de Acopiara realizou uma passeata pelas ruas da cidade pedindo justiça para que o crime não fique impune. O ato reuniu milhares de cidadãos em uma marcha contra a violência. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública  e do Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) está acompanhando as investigações da Polícia Civil, assim como o Ministério Público Estadual (MPE).

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