Karina foi morta a
tiros na porta de casa por dois pistoleiros
Quase 90 dias após o assassinato
da jovem Karina Firmino, na cidade de Acopiara, na região Centro-Sul do Estado,
a família dela e a população aguardam o desenrolar da investigação policial que
deve apontar, pelo menos, cinco pessoas como envolvidas diretamente no crime,
entre mandantes, intermediários e executores. A Polícia Civil finaliza as
investigações através do Núcleo de Homicídios da Delegacia Regional de Juazeiro
do Norte. A quebra do sigilo telefônico de, pelo menos, três suspeitos, além da
própria vítima, pode trazer à tona importantes pistas para o fechamento do
inquérito com o indiciamento dos
envolvidos no assassinato. Entre os mandantes podem estar dois agentes da
Segurança Pública. Outro suspeito seria um dos pistoleiros responsáveis pelos
tiros que ceifaram a vida da garota. Importantes depoimentos foram tomados pela
Polícia nos últimos dias e as declarações teriam fortalecido as pistas para a
identificação dos envolvidos. Segundo informações do Departamento de Polícia do
Interior (DPI), da Polícia Civil, o relatório do inquérito deve estar pronto
até a próxima semana, não sendo descartada a possibilidade de encaminhamento à
Justiça de pedidos de prisões preventivas.
O crime - Era noite de 4 de maio
último, quando a jovem Karina Firmino, que tinha apenas 21 anos de idade e uma filha de 9 meses de vida, chegava em casa
em sua motocicleta. Quando desembarcou
do veículo e abri a porta da residência, foi surpreendida por dois pistoleiros,
que passaram a atirar com pistolas. Karina teria recebido, ao menos, cinco
tiros à queima-roupa. Socorrida por familiares e vizinhos, chegou a receber o
primeiro atendimento médico de urgência no Hospital de Acopiara e, logo depois,
foi transferida para o hospital de Iguatu, onde ali faleceu em poucas horas. A
Polícia descobriu que Karina vinha sofrendo ameaças de morte após ter um caso
amoroso com um policial militar, um soldado da PM destacado no Ronda do
Quarteirão de Acopiara (e sobrinho do prefeito daquele Município). O militar é
casado com uma escrivã da Polícia Civil
lotada na delegacia daquela mesma cidade.
Ao ser descoberto o romance entre Karina e PM e o fato da garota ter
engravidado, a jovem passou a sofrer ameaças de morte.
Protesto e acompanhamento - Indignada
com o crime, a população de Acopiara realizou uma passeata pelas ruas da cidade
pedindo justiça para que o crime não fique impune. O ato reuniu milhares de
cidadãos em uma marcha contra a violência. A Controladoria Geral de Disciplina
dos Órgãos da Segurança Pública e do
Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) está acompanhando as investigações da
Polícia Civil, assim como o Ministério Público Estadual (MPE).
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