Pistoleiro foi preso
neste fim de semana
Novas revelações aparecem nas
investigações sobre a violência que desafia as autoridades da Segurança Pública
na cidade de Quixadá, no sertão central cearense. Uma quadrilha familiar que
ficou conhecida no noticiário policial como “Os Pipocas”, hoje estaria por trás
das mais recentes mortes naquela cidade. Pelo menos, esta é uma das linhas da
investigação da Polícia Civil. O triplo assassinato que vitimou o empresário e
agiota Veridiano Rabelo Camurça, 68 anos;
seu filho Sadock Camurça Cabral, 39; e o advogado da família, Josenias
Saraiva Gomes, 40, ocorrida na tarde do último dia 19, seria mais uma “obra” do
clã do crime. Os “Pipocas” hoje mandam
em Quixadá e noutras cidades do Sertão Central, onde influenciam e financiam
campanhas políticas, têm laços fortes e parcerias com deputados estaduais e
federais e possuem um senhor lastro financeiro.
Da acusação de ladrões de cargas e de bancos, hoje até nomeiam gestores
públicos. Em Quixadá, todo mundo sabe disso, mas nada fala. A delegada de
Quixadá, Cláudia Nery, afirmou que os três homens mortos na tarde do último dia
19 haviam comparecido àquela unidade da Polícia Civil sem que tivessem sido
chamados para qualquer procedimento. Veridiano e o filho teriam ficado
incomodados com uma notícia que foi publicada em um blog daquela região
levantando a suspeita de que a família teria sido a responsável pela morte de
três policiais militares. Os PMs em questão eram o sargento Francisco Guanabara
Filho, o cabo Antônio Joel de Oliveira Pinto e o soldado Antônio Alves
Filho. Os três acabaram mortos, a tiros
de fuzil, ao tentar abordar um carro suspeito no Distrito de Juatama na tarde
do dia 30 de junho. O bando estaria pronto para atacar um carro-forte na
região. Além deles, outro PM ficou ferido com um tiro de fuzil na perna, e
outros dois chegaram a ser levados como reféns em sua própria viatura, sendo
depois libertados no vizinho Município de Ibaretama. Ao comparecer na Delegacia
de Polícia Civil de Quixadá, Veridiano e seu filho – acompanhados do advogado
da família – tentaram desmentir a versão de que estariam envolvidos no plano do
assalto e, consequentemente, na morte dos PMs. Antes, porém, um deles teria
tido uma ríspida discussão com um membros dos “Pipocas” acerca do assunto. O
motivo teria sido o plano fracassado do crime que acabou atraindo um grande
reforço policial para a região. A presença de tanta Polícia “de fora” em
Quixadá teria desagrado os “Pipocas”, que foram, então, tomar satisfações com
Veridiano e seus filhos. Mas, ainda que o empresário e seu filho tenham ido à
Polícia desmentir a informação ou a suspeita levantada em Quixadá, não
escaparam da eliminação sumária e acabaram sendo executados praticamente na
porta do Quartel da PM (9º BPM). Há quem
diga que o verdadeiro “alvo” dos matadores seria outro filho de Veridiano, um
homem conhecido por Júnior, e não seu irmão Sadock. No rastro dessas
informações, a Polícia Militar prendeu neste fim de semana um homem apontado como pistoleiro da região e que
trabalhava no posto de combustíveis pertencente à família de Veridiano Camurça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário