A Secretaria de Saúde do Estado
(Sesa) confirmou nesta terça-feira, 25, o primeiro caso de raiva humana no
Ceará, após quatro anos sem registro da doença. O paciente é um agricultor de
37 anos, que foi mordido por um morcego no município de Iracema e depois
internado no Hospital São José de Doenças Infecciosas, em Fortaleza.
O último caso de raiva humana no
Estado havia sido registrado em 2012, transmitido por um soim, em Jati. Agora,
o resultado laboratorial do Instituto Pasteur deu positivo para o vírus da
doença que circula em morcegos hematófagos.
De 2012 até setembro de 2016, a
Sesa registrou 151.089 casos de agressões desses animais contra humanos. O
agricultor foi agredido pelo morcego, no último dia 16 de setembro, enquanto
dormia, conforme relato dele aos profissionais de saúde. Ele disse que foi
mordido no pé esquerdo, matou o animal e depois fez o descarte da carcaça.
A raiva humana tem alta taxa de
mortalidade, o morcego é o principal transmissor da raiva no Brasil, mas o
vírus também pode ser passado por mordida, lambida ou arranhão de cães,
raposas, gatos e soins contaminados. Os primeiros sintomas das doenças, podem
aparecer duas semanas após a picada ou arranhaduras dos animais contaminados.
Convulsões, arritmia cardíacas e
encefalite são alguns dos sintomas dos pacientes diagnosticados com raiva.
Entre janeiro e outubro deste ano, foram registrados pela Sesa 34 de raiva
animal, sendo 29 em animais silvestres, um em soim, três em raposas e 25 em
morcegos em área urbana.
A Sesa alerta que a vacinação é a
única forma de evitar que animais domésticos sejam infectados pelo vírus da
raiva e transmitam a doença para humanos.
Saiba mais - A Sesa divulgou
ainda que a vacina humana para a doença está com distribuição parcial pelo
Ministério da Saúde. A Coordenação Estadual de Imunizações solicitou 150 mil
doses da vacina humana entre janeiro e outubro, 15 mil doses por mês, mas
recebeu 72.350 doses, ou seja, 48% do total.
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