quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Desaparecimento de jovens depois de uma suposta abordagem faz seis dias

Um dos jovens desaparecidos é deficiente físico

Desde a última sexta-feira (21), familiares de quatro jovens e um motorista da zona leste de São Paulo vivem a aflição de não terem notícia alguma sobre o grupo. Eles desapareceram após marcar um encontro com meninas pelas redes sociais.
Os amigos Jonathan, Caíque, César e Robson — de idades entre 16 e 19 anos — contrataram Jones Oliveira Januário, de 30 anos, para levá-los a uma chácara. O colega era conhecido como "Síndico" pelos jovens. Eles combinaram pagar a gasolina da viagem
Adriana Nogueira Moreira, mãe de Jonathan, diz que não sabia exatamente para onde o filho iria quando saiu de casa. Pensava que ele iria a uma balada e voltaria no dia seguinte, como sempre faz.
— Não temos nem sinal deles. Como pode cinco pessoas sumirem e ninguém ver nada.
O retorno dos jovens estava previsto para o último sábado (22). Com a demora, as famílias se uniram para fazer uma busca. Porém, só encontraram o carro que eles usavam, abandonado no Rodoanel. No veículo, nem sinal dos adolescentes. Apenas fraldas e curativos de um dos meninos: Robson, que é deficiente físico.
Amélia Maria Donato, tia de Robson, diz que o jovem ficou deficiente depois de levar um tiro nas costas em um acidente. Mesmo depois disso, ele continuava saindo normalmente com os amigos.
A tia de Robson afirma que ele não tinha como se defender de ninguém e que não existe “rastro nenhum” dos jovens desde o desaparecimento. Os familiares chegaram a rastrear o celular de César e localizaram passagens por Atibaia, Bragança Paulista e no shopping Aricanduva.
A única pista que a família diz ter a respeito do desaparecimento é um áudio que Jonathan mandou para uma amiga dizendo que tinha sido parado pela polícia no dia do desaparecimento. Na mensagem, ele diz: “Ei, tio. Acabo de tomar um enquadro ali. Os polícia tá me esculachando”.
A mãe de Jonathan disse que todos os meninos já tinham passado pela Fundação Casa. A tia de Robson diz que depois que o áudio foi mandado para a amiga, ela tentou ligar para os jovens. Porém, todos os telefones estavam na caixa postal. O caso foi registrado no 55º Distrito Policial.

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