Algumas pessoas veem animais nas
nuvens. Francisco Alves Leite os vê nas pedras. E em Quixadá, onde vive o
fotógrafo, há material de sobra para a atividade. A Pedra da Galinha Choca, o
monólito mais ilustre do sertão cearense, é conhecida em âmbito nacional pela
semelhança com a ave que lhe dá o nome. O que muita gente não sabe é que as
rochas de Quixadá abrigam muitos outros animais. (confira abaixo fotos dos
"animais")
Há um ano Francisco Alves, que
prefere se identificar como Chico Javali, começou a procurar e catalogar formas
de animais nos monólitos no sertão cearense. "A ideia era fazer uma
revista ou um livro contando sobre esses formatos de pedra. Eu imagino um
zoológico de pedra. O objetivo é mostrar que Quixadá não tem só a Galinha
Choca, tem outros animais nas pedras", conta.
As formas foram localizadas
quando ele andava pela zona rural de Quixadá para fotografar, profissão que
exerce há 20 anos.
Conforme o geólogo de Quixadá Ita
Ventura, as pedras do município ganham diversas formas porque são mais frágeis
que a maioria das rochas e são moldadas pela ação do tempo.
A identificação de animais e outras coisas nas
nuvens, rochas ou poças d'água está associada a um fenômeno evolutivo que
facilita o reconhecimento de padrões, de acordo com o físico Alberto Calabrez.
O fenômeno tem o nome técnico de pareidolia, a associação de formas aleatórias
com objetos conhecidos.
"Esse tipo de associação é
bem antiga. Alguns dos registros mais antigos que temos disso são as
constelações. Nossos antepassados viam touros, ursos, leões, animais
fantásticos e uma infinidade de objetos na disposição das estrelas",
explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário