terça-feira, 16 de maio de 2017

Além da Galinha Choca - Monólitos de Quixadá formam 'zoológico de pedra'

Foto: (Chico Javali/Arquivo pessoal)
Algumas pessoas veem animais nas nuvens. Francisco Alves Leite os vê nas pedras. E em Quixadá, onde vive o fotógrafo, há material de sobra para a atividade. A Pedra da Galinha Choca, o monólito mais ilustre do sertão cearense, é conhecida em âmbito nacional pela semelhança com a ave que lhe dá o nome. O que muita gente não sabe é que as rochas de Quixadá abrigam muitos outros animais. (confira abaixo fotos dos "animais")
Há um ano Francisco Alves, que prefere se identificar como Chico Javali, começou a procurar e catalogar formas de animais nos monólitos no sertão cearense. "A ideia era fazer uma revista ou um livro contando sobre esses formatos de pedra. Eu imagino um zoológico de pedra. O objetivo é mostrar que Quixadá não tem só a Galinha Choca, tem outros animais nas pedras", conta.
As formas foram localizadas quando ele andava pela zona rural de Quixadá para fotografar, profissão que exerce há 20 anos.
Conforme o geólogo de Quixadá Ita Ventura, as pedras do município ganham diversas formas porque são mais frágeis que a maioria das rochas e são moldadas pela ação do tempo.

 
A identificação de animais e outras coisas nas nuvens, rochas ou poças d'água está associada a um fenômeno evolutivo que facilita o reconhecimento de padrões, de acordo com o físico Alberto Calabrez. O fenômeno tem o nome técnico de pareidolia, a associação de formas aleatórias com objetos conhecidos.

Monólito mais conhecido de Quixadá, a Pedra da Galinha Choca fica no entorno do Cedro, o primeiro açude construído no Brasil, entre 1890 a 1906 (Foto: Cid Barbosa/Diário do Nordeste)
"Esse tipo de associação é bem antiga. Alguns dos registros mais antigos que temos disso são as constelações. Nossos antepassados viam touros, ursos, leões, animais fantásticos e uma infinidade de objetos na disposição das estrelas", explica.

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