quinta-feira, 25 de maio de 2017

Carros-pipas suspensos em seis municípios do Ceará

Sem o fornecimento de água por parte da Defesa Civil, as populações afetadas, como a de Pereiro, estão se virando como podem; uma das alternativas é pagar R$ 30,00 por mil litros fornecidos por caminhões particulares

Moradores das cidades de Pereiro, Boa Viagem, Pedra Branca, Alto Santo, Campos Sales e Iracema enfrentam grave crise de abastecimento. Os reservatórios secaram e a dependência por caminhões-pipas aumenta a cada semana. Nos últimos dias, o quadro complicou-se com a suspensão da distribuição de água nas áreas urbanas por veículos contratados pela Comissão Estadual de Defesa Civil (Cedec), que aguarda repasse de recursos do Ministério da Integração Nacional.
A descontinuidade no fornecimento de água varia entre as cidades. Em Pereiro, por exemplo, desde janeiro passado que os caminhões pipa que deveriam abastecer 13 reservatórios de cinco mil litros espalhados pela cidade foram suspensos.
A população de Pereiro sofre com a falta de água e, para beber e cozinhar os alimentos, não há outra alternativa a não ser comprar o recurso hídrico fornecido por caminhões particulares de poços da região ao preço de R$ 30,00, mil litros. O açude que abastecia a cidade, Adauto Bezerra, secou há mais de dois anos. Apenas no centro urbano, há um pouco de água nas torneiras, mas de oito em oito dias.
Caminhões da Operação Pipa do Exército ainda fazem a distribuição de água em áreas rurais, em 90 comunidades, mas estuda a possibilidade de reduzir o número de 19 rotas atuais, tendo em vista que, em algumas localidades, as cisternas domésticas e pequenos reservatórios receberam recarga de água durante a quadra chuvosa.
Na cidade de Pedra Branca, os moradores também enfrentam dificuldades de abastecimento. De acordo com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), há pelo menos 17 dias, o fornecimento de água por caminhões da Defesa Civil está suspenso.  
A gestão municipal de Boa Viagem reivindica do governo do Estado a implantação de uma Adutora de Montagem Rápida (AMR) a partir do açude Umari, distante 40 km. A crise hídrica já atinge os moradores há pelo menos dois anos e é considerada uma das mais graves do Interior.

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