Sem o fornecimento de
água por parte da Defesa Civil, as populações afetadas, como a de Pereiro,
estão se virando como podem; uma das alternativas é pagar R$ 30,00 por mil
litros fornecidos por caminhões particulares
Moradores das cidades de Pereiro,
Boa Viagem, Pedra Branca, Alto Santo, Campos Sales e Iracema enfrentam grave
crise de abastecimento. Os reservatórios secaram e a dependência por
caminhões-pipas aumenta a cada semana. Nos últimos dias, o quadro complicou-se
com a suspensão da distribuição de água nas áreas urbanas por veículos
contratados pela Comissão Estadual de Defesa Civil (Cedec), que aguarda repasse
de recursos do Ministério da Integração Nacional.
A descontinuidade no fornecimento
de água varia entre as cidades. Em Pereiro, por exemplo, desde janeiro passado
que os caminhões pipa que deveriam abastecer 13 reservatórios de cinco mil
litros espalhados pela cidade foram suspensos.
A população de Pereiro sofre com
a falta de água e, para beber e cozinhar os alimentos, não há outra alternativa
a não ser comprar o recurso hídrico fornecido por caminhões particulares de
poços da região ao preço de R$ 30,00, mil litros. O açude que abastecia a cidade,
Adauto Bezerra, secou há mais de dois anos. Apenas no centro urbano, há um
pouco de água nas torneiras, mas de oito em oito dias.
Caminhões da Operação Pipa do
Exército ainda fazem a distribuição de água em áreas rurais, em 90 comunidades,
mas estuda a possibilidade de reduzir o número de 19 rotas atuais, tendo em
vista que, em algumas localidades, as cisternas domésticas e pequenos
reservatórios receberam recarga de água durante a quadra chuvosa.
Na cidade de Pedra Branca, os
moradores também enfrentam dificuldades de abastecimento. De acordo com o Serviço
Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), há pelo menos 17 dias, o fornecimento de água
por caminhões da Defesa Civil está suspenso.
A gestão municipal de Boa Viagem
reivindica do governo do Estado a implantação de uma Adutora de Montagem Rápida
(AMR) a partir do açude Umari, distante 40 km. A crise hídrica já atinge os
moradores há pelo menos dois anos e é considerada uma das mais graves do
Interior.
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