segunda-feira, 22 de maio de 2017

Delegado libera venezuelanas que furtaram 1kg de carne em RR e alega que país vizinho tem 'fome generalizada'

Venezuelanas foram levadas para o 5° DP e de lá foram liberadas (Foto: Marcelo Marques/ G1 RR)
Venezuelanas foram levadas para o 5° DP e de lá foram liberadas

Duas venezuelanas foram detidas neste domingo (21) suspeitas de furtar um quilo de carne de um supermercado no bairro Liberdade, na zona Oeste de Boa Vista. Após a prisão, elas foram liberadas pelo delegado que estava no plantão. No despacho, ele afirmou que a Venezuela "está notoriamente enfrentando uma crise sem precedentes de fome generalizada por escassez de alimentos".
Segundo a PM, as mulheres, uma de 24 anos e outra de 29 anos, furtaram a carne que custava R$ 11,29; um shampoo e três desodorantes. Uma delas estava grávida.
O delegado responsável sobre o caso, preferiu não se identificar. Na decisão de liberar as mulheres ele disse que pesou um entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o fato de que uma das mulheres estar grávida.
"É um crime de bagatela, de coisas muito pequenas. Mandar uma mulher grávida de seis meses para a prisão porque ela furtou um quilo de carne e desodorante é um absurdo".
No despacho dado no Boletim de Ocorrência o delegado afirmou que a "ofensividade da conduta se mostrou mínima" e que "não houve nenhuma periculosidade na ação". "A lesão ao bem jurídico se revelou inexpressiva, porquanto os bens foram destruídos", disse no despacho.
Conforme o relato, os policiais tentaram mediar o confronto sem levar os envolvidos para a delegacia, mas o gerente do local afirmou que estava sofrendo muitos prejuízos e que queria registrar um Boletim de Ocorrência contra as mesmas.
As duas mulheres foram conduzidas para a Central de Flagrantes do 5º DP. Lá elas foram liberadas pelo delegado.

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