A maioria dos
assassinatos é praticada com uso de armas de fogo
Em apenas sete dias do mês de
maio, 105 pessoas foram assassinadas no Ceará. A Capital do estado apresentou,
neste intervalo de uma semana, a maior taxa de homicídios. Foram 40 pessoas
mortas. Em seguida, aparece a região do Interior Sul com 26 casos. Na Região
Metropolitana de Fortaleza (RMF) foram 25 assassinatos. Outras 14 pessoas foram
executadas no Interior Norte. Entre as vítimas estão dois policiais militares,
10 adolescentes e cinco mulheres.
Na tentativa de conter o avanço
da criminalidade no estado, as autoridades dos setores públicos que tratam da
questão se reuniram, ontem (8), pela terceira vez, em busca de traçar
estratégias para reduzir a violência no estado. A reunião aconteceu na tarde
desta segunda-feira (8) na sede da Procuradoria Geral de Justiça (PGE).
Estiveram presentes o titular do
Ministério Público do Ceará (MPCE), procurador Plácido Rios; o secretário da
Segurança Pública e Defesa Social, delegado federal André Costa; a secretária
de Justiça e Cidadania do Estado; além de representantes da Controladoria Geral
de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário
(CGDOSPSP), da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF),
Defensoria Pública Estadual e do Poder Judiciário, além dos comandantes,
delegados e peritos dos órgãos vinculados à SSPDS (Polícia Civil, PM, Corpo de
Bombeiros Militar e Perícia Forense do Ceará).
Transferências - “É uma ocasião de se buscar soluções e
decisões em conjunto”, informou o secretário André Costa. No entanto, as
autoridades pouco falaram sobre medidas práticas que possam frear o avanço do
crime no estado.
A secretária de Justiça e da
Cidadania, Socorro França, se limitou a informar que a Inteligência da Pasta
tem o controle sobre quem está dentro dos presídios cearenses. Ela negou que
cada facção tenha seu presídio exclusivo e disse também que as transferências
de detentos dentro do Sistema Penal estão sendo feitas a pedido deles próprios.
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