O presidente Michel Temer (PMDB)
negou nesta quinta-feira, 18, que irá renunciar da Presidência da República.
“Não renunciarei. Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos”, disse o
presidente, em rápida entrevista coletiva em Brasília.
Declaração ocorre menos de 24
horas após vir a público a participação do presidente em uma tentativa de
obstruir investigações da Lava Jato. Em gravação feita pelo empresário Joesley
Batista, um dos donos da JBS, Temer aparece dando aval para a “compra” do
silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“Repito e ressalvo: Em nenhum
momento autorizei que pagassem a quem quer que seja que ficasse calado. Não
comprei o silêncio de ninguém”, disse o presidente, em coletiva de menos de
cinco minutos. “Nada tenho a esconder. Sempre honrei o meu nome. Nunca
autorizei que utilizassem meu nome indevidamente”.
O presidente destacou que
recentes avanços da economia não poderiam ser “jogados fora” por nova crise
política. “Meu governo viveu seu melhor e o pior momento: dados de geração de
emprego e a queda da inflação criaram condições de um País melhor. Houve, contudo,
a revelação de uma conversa gravada clandestinamente que trouxe de volta o
fantasma de crise”.
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