quinta-feira, 25 de maio de 2017

MASSACRE EM PAU D'ARCO - 10 pessoas são assassinadas em chacina em fazenda no Pará

Área abandonada da fazenda, onde ocorreu a chacina (Foto: Ascom/PC)
Área abandonada da fazenda, onde ocorreu a chacina

Dez pessoas foram mortas em uma chacina na fazenda Santa Lúcia, localizada no município de Pau D’arco, no sudeste do Pará, durante ação das Polícias Civil e Militar nesta quarta-feira (24). Segundo a polícia, as mortes aconteceram durante o cumprimento de 14 mandados de prisão preventiva e temporária contra suspeitos de envolvimento no assassinato de um segurança da fazenda.
Entre os mortos, estão nove homens e uma mulher. Quatro das dez vítimas tinham mandados de prisão decretados. Segundo a Polícia Civil, as vítimas e os suspeitos estavam escondidos na fazenda. "Quando eles (policiais) chegaram na sede que já havia sido abandonada, havia indícios de que um grupo armado estava lá. Os policiais foram recebidos a bala e revidaram", disse a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Segup).
Ainda de acordo com a Segup, somente após a troca de tiros é que os policiais constataram que dez pessoas foram mortas. Nenhum policial ficou ferido. Uma grande quantidade de armas foi apreendida no local.

Armas e coletes apreendidos na fazenda (Foto: Ascom/PC)
Armas e coletes apreendidos na fazenda

Os corpos das vítimas foram levados para o Hospital de Redenção. A previsão é que eles sejam transportados para Marabá nesta quinta-feira (25). A Procuradoria Geral de Justiça articula com a Segup para que os corpos sejam transferidos de avião para o Instituto Médico Legal de Marabá.
Familiares das pessoas assassinadas denunciam que há desaparecidos. Homens da Polícia Federal estão no município investigando a chacina.
Em nota, a Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) se manifestou em profundo repúdio ao massacre de 10 trabalhadores rurais sem-terra ocorrido no município de Pau D’Arco, a 50 km de Redenção, na região sudeste do Estado, na manhã desta quarta-feira (24).
De acordo com a Comissão de Direitos Humanos da Alepa, a escalada de violência contra trabalhadores e trabalhadoras rurais é um fenômeno que tem se intensificado em razão de uma rede social e simbólica fortalecida pela combinação dos seguintes fatores: impunidade, paralisia da reforma agrária e criminalização dos movimentos sociais.

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