quinta-feira, 11 de maio de 2017

PM musa do DF que aparece em anúncio de salão é investigada

PM musa do DF que aparece em anúncio de salão é investigada (Reprodução)
PM do DF apura conduta de soldado fardada em propaganda de salão de beleza

Polícia Militar do Distrito Federal abriu investigação interna sobre a conduta de uma soldado que aparece, fardada e usando uma moto da corporação, em uma propaganda de salão de beleza. Em nota, a PM diz que a Corregedoria abriu procedimento para "esclarecer a situação". Não há prazo para a conclusão do inquérito.
Nas imagens, a mulher identificada como "SD [soldado] Caroline" chega ao salão de beleza Hélio Diff fardada, com emblema e moto do Grupamento Tático Móvel (GTM) da PM. Após ser cumprimentada pelo próprio empresário – que dá nome à rede de estabelecimentos –, ela passa por sessão de maquiagem e penteado estilizado.
Em seguida, a policial amarra o cabelo, volta a posicionar o quepe e deixa o local, na mesma moto do GTM, como se estivesse retornando ao trabalho. O empresário Hélio Nakanishi afirmou que não esperava essa repercussão negativa e que o vídeo tinha "a melhor das intenções. Não tínhamos conhecimento [da proibição]. A própria policial disse que estava autorizado, e que passaria o vídeo ao departamento de marketing da PM. Ela é nossa cliente, e fizemos o vídeo para a semana da mulher [em março]".
Punição indefinida
A PM não informa se há algum procedimento padrão para esse tipo de caso, e não diz se a soldado pode receber algum tipo de punição. No Código Penal Militar, válido para todo o país, não existe regra explícita contra o uso de farda militar fora do ambiente de serviço – durante a folga ou o horário de almoço, por exemplo.
O artigo 171 do código fala sobre o "uso indevido por militar de uniforme, distintivo ou insígnia", mas não esclarece as situações que poderiam ser entendidas nesse contexto. O crime prevê detenção de seis meses a um ano, "se o fato não constitui crime mais grave".

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