O primeiro teste clínico em
grande escala de um derivado da Cannabis sativa, o canabidiol, mostrou ser
capaz de reduzir a frequência das convulsões epilépticas graves em 39%, informaram
os pesquisadores na última quarta-feira (24).
O canabidiol (CBD) é derivado da
Cannabis sativa, planta também conhecida como maconha. O estudo, publicado no
"New England Journal of Medicine", se concentrou em pacientes jovens
com síndrome de Dravet, uma forma rara da epilepsia.
"O canabidiol não deve ser
visto como uma panaceia para a epilepsia, mas para os pacientes com formas
especialmente graves que não responderam a inúmeros medicamentos, estes
resultados dão a esperança de que logo poderemos ter outra opção de
tratamento", declarou o pesquisador principal Orrin Devinsky, professor de
Neurologia, Neurocirurgia e Psiquiatria no Langone Medical Center, da
Universidade de Nova York.
"Ainda precisamos de mais
pesquisas, mas este novo teste dá mais provas do que jamais tivemos da
efetividade do canabidiol como medicamento para a epilepsia resistente ao
tratamento", acrescentou.
Os pesquisadores usaram uma forma
líquida experimental do CBD, chamada Epidiolex, que não foi aprovado pela
Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos, órgão
equivalente à Anvisa no Brasil.
De acordo com o estudo, no grupo
tratado com CBD a frequência de convulsões diminuiu em 39%, de uma média de
quase 12 convulsões por mês para aproximadamente seis.
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