Imagens de incêndio
provocado por detentas no Auri Moura Costa
Pelo menos três rebeliões foram
registradas em menos de 24 horas na Região Metropolitana de Fortaleza. A
motivação apontada para todas elas é disputa entre facções criminosas nas
unidades prisionais. Houve fugas, feridos e três pessoas morreram.
Na Cadeia Pública de São Gonçalo
do Amarante, três detentos morreram, dois ficaram feridos e cinco fugiram. No
Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, em Aquiraz, duas
detentas ficaram feridas.
Houve distúrbios também na Cadeia
Pública de Maranguape, mas sem registro de mortos e feridos, segundo a Polícia.
As rebeliões na cadeia de São
Gonçalo e no Auri Moura Costa aconteceram na manhã de ontem. Na unidade
prisional feminina, as detentas entraram em conflito e houve princípio de
motim, conforme a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus). A Polícia Militar
e o Grupo de Ações Penitenciárias (GAP) foram acionados e controlaram a
rebelião. Parte da unidade foi depredada.
De acordo com o Conselho
Penitenciário (Copen), a confusão começou porque duas facções criminosas não
querem continuar a dividir espaço na penitenciária. Detentas de uma das facções
querem ser encaminhadas ao Instituto Penal Professor Olavo Oliveira (IPPOO) II,
junto de homens da mesma organização.
A intenção delas é que o Auri
Moura Costa passe a concentrar detentas de uma só organização criminosa ou que
as unidades abriguem homens e mulheres das mesmas organizações. Segundo a
Sejus, as duas internas feridas receberam atendimento no próprio presídio.
Em São Gonçalo do Amarante, o
tumulto começou por volta das 8 horas. Conforme a Sejus, os detentos estavam no
banho de sol quando renderam um agente penitenciário e o trancaram na sala da
direção. Ainda de acordo com a secretaria, os mesmos internos invadiram outra
cela e mataram três presos. As vítimas são Estefferson de Lima Moura de Sousa,
Francisco Diego da Conceição e Márcio Cleiton da Silva Ricardo Filho. Outros
dois detentos ficaram feridos e foram levados ao Instituto Doutor José Frota
(IJF), na Capital. Outros cinco fugiram.
A ocorrência em São Gonçalo do
Amarante também estaria relacionada a disputa por território de unidade
prisional entre facções.
Maranguape - Na noite de ontem,
uma terceira rebelião foi registrada na cadeia de Maranguape. Detentos da
organização mais numerosa no local não aceitavam a presença de integrantes de
facção rival e ameaçavam quebrar as grades e matar os adversários. O Batalhão
de Choque (BPChoque) e o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foram
acionados. Agente penitenciário que pediu para não ser identificado informou
que cinco líderes de organizações seriam transferidos.
Tentativa de resgate - As
rebeliões em série aconteceram dois dias após tentativa de resgate na
Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba, Região
Metropolitana de Fortaleza. Os presos cuja fuga era planejada eram Antônio
Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, 50, Antônio Carlito Avelino, 50, conhecido
como Boi, e Paulo Laércio Pereira de Freitas, 36, o Paulo Cabecinha. Na ação,
houve confronto com a Polícia, que impediu o resgate. Alemão e Boi foram
baleados.
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