quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Detento é transferido para unidade que concentra facção rival e acaba morto

Resultado de imagem para plantao policialO interno Francisco João Batista, encontrado morto na tarde desta terça-feira (22), estava "declarado" para morrer por uma facção rival a que ele pertencia. O detento foi transferido justamente para a Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL II), unidade que concentra os detentos que queriam matá-lo.
Segundo o defensor público, Emerson Castelo Branco, o preso que intitula de uma determinada facção foi transferido para a unidade da facção rival. A família recebeu a informação que ele seria levado para a CPPL2, justamente a unidade onde estão os detentos que queriam executá-lo e compareceram a sede da Defensoria Pública.
 Os familiares possuiam diversos áudios e mensagens que mostravam ameaças contra o detento e queriam que a Defensoria Pública impedisse a transferência dele. Ao entrar em contato com a Coordenadoria do Sistema Penal do Estado (Cosipe), Emerson Castelo Branco diz que teve a informação de que João Batista já havia sido transferido. O defensor público buscou o diretor da CPPL 2, que foi até a cela e encontrou o detento morto.

Possível erro  - Funcionários do sistema penitenciário trabalham com a possibilidade de ter acontecido um erro de digitação na hora da confecção do ofício que transferia o preso, que iria para a CPPL 3, mas o número foi trocado por 2.
Indagado sobre a possibilidade de um erro de digitação, o defensor Emerson Castelo Branco foi categórico em dizer que é inaceitável esse tipo de erro, pois o preso foi encaminhado justamente a rua da facção rival. "Um preso chega declarado para morrer e esse preso não ia se manifestar. É básico perguntar se o preso é de facção a qual facção ele pertence. E a facção não é algo que o preso esconda, pois é interesse dele ficar na unidade que tem a sua facção. O preso vai em direção a rua que vai morrer e não vai falar nada", perguntou.
Francisco João Batista respondia na Justiça por crime de roubo. A Polícia Civil foi até a unidade prisional e ouviu detentos.

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