Gleydson foi morto
por fazer críticas à gestão do ex-prefeito da cidade de Martinópole
Dois anos depois do assassinato
do radialista Gleydson Carvalho, na cidade de Camocim, no litoral Norte do
estado, a Justiça decretou a prisão preventiva de dois suspeitos de
envolvimento no crime de pistolagem e renovou as prisões de outros dois
acusados, que permanecem foragidos. O assassinato do comunicador aconteceu no
momento em que ele comandava um programa de rádio e fazia críticas a políticos
da região.
O juiz de Direito da Comarca de
Camocim, Saulo Gonçalves Santos, decretou as prisões preventivas de Valdir
Arruda Lopes e Francisco Pereira da Silva. Também renovou a mesma medida para
João Batista Pereira da Silva, Israel Marques Carneiro e Tiago Lemos. Os dois
primeiros Valdir e Francisco são considerados foragidos da Justiça. Já os três
últimos cumprem custódia.
João Batista, conhecido como
“Batista Dentista”, é tio do ex-prefeito do Município de Martinópole, James
Bell, e surgiu nas investigações somo sendo o mandante do crime juntamente com
Francisco José Pereira, o “Chico Dentista”.
Ameaçado - De acordo com as
investigações do caso, o radialista fazia denúncias contra a administração de
James Bell e por este motivo acabou sendo assassinado por ordem dos tios do
prefeito. Ainda de acordo com o
processo, a vítima vinha sofrendo ameaças de morte, mas mesmo assim, continuava
realizando seu trabalho de denunciar as irregularidades da gestão de James
Bell. No dia 6 de agosto de 2015, a emissora em que ele trabalhava foi invadida
por dois pistoleiros, que o mataram com tiros à queima-roupa e, em seguida,
fugiram da cidade.
O radialista ainda chegou a ser
socorrido para o hospital da cidade, mas não resistiu. Dali em diante, a
Polícia iniciou uma caçada aos criminosos em toda a região.
O crime teve ampla repercussão na
Imprensa na época e comoveu a população de Camocim e de municípios vizinhos. Os
pistoleiros acabaram presos numa operação conjunta das Polícias Civil e
Militar. Os irmãos mandantes do crime – tios do prefeito – desapareceram.
Com a identificação dos mandantes
e executores da pistolagem, e sua motivação esclarecida, o juiz decretou a
prisão dos envolvidos e encerrou o caso. Agora, aguarda a prisão dos acusados
para que eles sejam levados a julgamento.
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