Ítalo é suspeito de
ter atirado contra policial
Thiago Rodriguez da Silva ainda
estava desempregado quando foi morar no bairro Jardim Nova Era, em Nova Iguaçu,
Baixada Fluminense, em 2009, junto com a mulher, a sogra e dois filhos. Quando
chegou ao local, aos 24 anos, a região já era dominada por traficantes. Ítalo
Pesanha Bernardino tinha somente 12 anos na ocasião. Os dois eram vizinhos e
conviviam pacificamente. Um ano depois, Thiago se inscreveu para o concurso da
Polícia Militar e passou. Ítalo optou pelo caminho do crime: virou gerente de
uma boca de fumo justamente na rua onde Thiago morava.
Segundo a investigação da Delegacia
de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), os caminhos opostos dos vizinhos se
chocaram na última segunda-feira (21). Inconformado com uma barricada que havia
sido posta na porta de sua casa, Thiago — promovido à cabo na PM — foi tirar
satisfação com Ítalo. No mesmo dia, o corpo do policial foi encontrado no
porta-malas de seu carro com marcas de disparos de uma pistola 9mm, no bairro
onde os dois moravam.
O cabo Thiago
Rodriguez da Silva
Testemunhas contaram na delegacia
que Thiago já havia demonstrado insatisfação pelo tráfico ter montado uma boca
de fumo na rua de sua casa outras vezes. Nas ocasiões, os bandidos teriam até
trocado de ponto, mas voltaram ao local inicial, mais rentável.
Ítalo e um adolescente, de 17
anos, foram identificados como autores do crime. Os dois e mais um terceiro
suspeito, ainda não identificado, abordaram Thiago ainda em casa e o colocaram
no banco de trás do veículo. O policial teria entrado em luta corporal com um
dos bandidos e foi baleado duas vezes. Ítalo estava em liberdade há pouco mais
de um mês: foi solto no dia 14 de julho, após a Justiça ter substituído a pena
à qual havia sido condenado por prestação de serviços à comunidade.
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