Os poluentes liberados
pela queima do lixo tem causado problemas de saúde aos moradores
Moradores dos bairros Chapadinha
e Cajazeiras, na periferia de Iguatu, reclamam da poluição ocasionada pela
fumaça que sai diariamente do lixão. Segundo a população, os poluentes liberados
pela queima do lixo tem causado problemas de saúde, além de muitos transtornos
para quem mora nas imediações.
“É uma fumaça intensa, que vem do
lixão pra cá. Isso acontece todo o dia, principalmente no final da tarde,
começo da noite, quando o vento sopra em nossa direção. É uma fumaça que arde
nos olhos, fecha a garganta e tem um cheiro muito forte Não tem quem aguente”,
disse o supervisor de transportes”, Aaron Carneiro.
A comerciante Célia Oliveira tem
uma lanchonete no bairro Chapadinha, As margens da CE-282. Ela alega que, por
conta da fumaça muitos clientes tem se afastado do seu comércio, principalmente
nos finais de semana, e por conta disso tem arcado com muitos prejuízos. “Eu
que tenho asma não posso ficar aqui, e o jeito é fechar. Isso é prejuízo para
quem tira o sustento de casa só desse trabalho aqui”, comentou, cobrando
providências por parte das autoridades do município.
No bairro Cajazeiras, distante
cerca de 5 quilômetros do lixão, os moradores reclamam do mesmo problema. Eu
tinha fé que iam retirar esse lixão da Chapadinha, mas vi que não. Esperamos
que um dia esse problema acabe”, disse o aposentado Francisco de Assis Souza.
O lixão de Iguatu, como é
popularmente chamado, é um problema antigo. A área fica às margens da CE-282,
no bairro Chapadinha. A área está bastante saturada, afinal, são mais de 30
anos de deposição de materiais sólidos no local. Conforme informações, o
município produz diariamente cerca de 120 toneladas de lixo.
PALIATIVO - No início desse ano,
numa estratégia de marketing político administrativo, o prefeito de Iguatu,
Ednaldo alvor, anunciou o fechamento do lixão do bairro Chapadinha. Para
implementar a medida, o gestor mandou criar outra área para o depósito do lixo
da cidade. O projeto, instalado no sítio Caiçara, totalmente irregular, foi
interditado pelo Ministério Público Estadual (MPCE), por meio da promotoria da
Comarca de Iguatu.
Recentemente, a juíza da Comarca
de Iguatu, Izabela Mendonça Alexandre, determinou prazo para que os
responsáveis (prefeito de Iguatu, secretária adjunta de Meio Ambiente e
Secretário executivo) adotem medidas necessárias para dar novo e adequado
destino final ao lixo lançado de forma irregular no "lixão
controlado", localizado no sítio Caiçara.
A determinação da juíza
determinou um prazo de 30 dias para o cumprimento das medidas cabíveis, sob
pena, para os gestores, de multa diária no valor de R$ 5 mil reais a cada um
dos envolvidos. O prazo dado pela Justiça se venceu no último dia 13 de agosto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário