Bruno morava em
Sorocaba há um ano e meio
O estudante de engenharia
florestal Bruno Henrique Bossolani, de 19 anos, encontrado morto na terça-feira
(22), em Votorantim, interior de São Paulo, foi assassinado por ter ficado com
a namorada de um integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital).
A versão foi dada à Polícia Civil
por um segundo suspeito de participação no crime, Ramon Lucas Lopes, de 18
anos, preso nesta terça-feira, 29, em Araçoiaba da Serra, cidade da região. Ele
confessou ter ajudado o primeiro suspeito, Alan de Oliveira Paes, de 20 anos, a
matar o estudante a pedradas.
Morador de Tabapuã, região norte
do Estado, Bossolani estava havia um ano e meio em Sorocaba, estudando no campus
local da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos). De acordo com a Polícia
Civil, naquela noite ele participou de uma festa universitária e seguia para
casa de Uber, mas havia bebido muito e vomitou no carro. Como não tinha
dinheiro suficiente para a corrida, o motorista o abandonou na rodovia João
Leme dos Santos.
Na altura do bairro Green Valley,
o estudante encontrou os dois rapazes e, alcoolizado, contou que teria ficado
com uma menina conhecida de um deles. "O rapaz de 20 anos havia namorado a
garota e, como membro do PCC (Primeiro Comando da Capital), considerou o comportamento
do estudante inadmissível e o sentenciou à morte".
Ainda conforme a versão do
segundo suspeito, eles tentaram enforcar Bossolani com uma gravata e, no
esforço, quebraram seu braço. Foi então que decidiram atingi-lo com pedradas. O
corpo foi abandonado em uma área de descarte de entulhos. A polícia considerou
o crime como de homicídio triplamente qualificado, pelo meio cruel, motivo
torpe e sem dar chance de defesa à vítima, que estava embriagada. A polícia já
identificou e ouviu o motorista do Uber, que também pode ser incriminado por
omissão de socorro, já que o rapaz passava mal e foi abandonado.
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