A adoção do horário de verão para
gerar economia de energia no Brasil não se justifica mais. A avaliação é do
diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. O
horário de verão está previsto para começar no dia 15 de outubro e terminar em
17 de fevereiro do próximo ano. O governo analisa a manutenção ou encerramento
do horário de verão.
Estudos sobre a viabilidade da manutenção
do horário de verão, que abrange nove estados das regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste, além do Distrito Federal (Brasília), estão sendo conduzidos no
âmbito do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne diversos
órgãos governamentais ligados ao setor elétrico.
As pesquisas apontam para o fato
de que a adoção da hora adiantada não resulta mais em economia de energia, uma
vez que a temperatura é quem determina o maior consumo de energia e não a
incidência da luz durante o dia. De acordo com o Operador Nacional do Sistema
(ONS), atualmente os picos de consumo ocorrem no horário entre 14h e 15h, e não
mais entre 17h e 20h.
Enquete - O governo estuda a
possibilidade de consultar a sociedade sobre a adoção ou não do horário de
verão este ano. A decisão precisa sair rápida e está nas mãos do presidente
Michel Temer e do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Se a
definição for pela enquete, ela será lançada no Portal do Planalto na próxima
semana.
Apesar de não fazer mais diferença
na economia de energia, conforme explicou o diretor-geral da Aneel, uma parte
da sociedade gosta da sensação de ter uma hora a mais no dia e poderá
manifestar isso na enquete.
Além disso, o governo pode levar
em consideração o maior movimento do comércio durante o horário de verão. Com
dias mais claros, as pessoas ficam mais na rua e consomem mais.
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