O juiz federal Sérgio Moro deu
prazo de 15 dias para que a defesa do ex-presidente Lula prove que metade dos
R$ 606 mil de contas bancárias ligadas ao petista tem como origem a parte da
ex-primeira-dama Marisa Letícia no patrimônio do casal. Ela morreu em
fevereiro.
Ao condenar o ex-presidente a 9
anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, Moro
também mandou confiscar R$ 16 milhões supostamente oriundos de uma conta de
propinas que a OAS teria com Lula e seu partido.
O magistrado entendeu que o
petista é culpado por receber, como vantagem indevida, o triplex no condomínio
Solaris, no Guarujá (SP), e suas respectivas reformas, custeados com R$ 2,2
milhões da empreiteira. O Banco Central bloqueou R$ 7,1 milhões de um plano de
previdência empresarial em nome do presidente, R$ 1,8 milhão de aposentadoria
privada e R$ 606 mil de contas bancárias.
A defesa havia pedido que R$ 303
mil fossem desbloqueados pelo magistrado sob o argumento de que eram parte da
meação da ex-primeira-dama Marisa Letícia.
O magistrado ainda explica que
"o Bacenjud (o sistema eletrônico de comunicação entre o Poder Judiciário
e as instituições financeiras, por intermédio do Banco Central), bloqueia o
saldo do dia, não impedindo a movimentação da conta posteriormente ou o
recebimento nela de novos créditos".
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