Matheus (esq.) foi
morto pelo policial Jarbas (dir.) em São Vicente
A polícia prendeu o motorista de
um aplicativo que transportou o atleta da seleção brasileira de hóquei Matheus
Garcia Vasconcelos Alves, de 24 anos, até o local de uma emboscada em São Vicente,
no litoral de São Paulo. A intenção é investigar a participação dele na
execução do jogador, cometida pelo policial militar Jarbas Colferai Neto, de 23
anos.
Matheus foi baleado na nuca, na
noite da última segunda-feira (18). Ele foi encontrado ainda com vida no Centro
da cidade, e levado às pressas ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos
ferimentos. Na mão dele, havia um carregador de celular, mas o aparelho não foi
encontrado pela polícia.
O pedido de prisão temporária de
30 dias foi atendido pela Justiça na sexta-feira (22). No entendimento do juiz
Rodrigo Barbosa Sales, a partir da investigação da polícia, o motorista ainda
oculta informações que podem elucidar o ocorrido. A execução foi flagrada por
câmeras de monitoramento.
Segundo a polícia, a arma
utilizada no crime e o moletom que o policial vestia ficaram com o motorista,
que escondeu o material. Os objetos não foram encontrados. A ordem de prisão
foi cumprida no mesmo dia que decretada pela Justiça por policiais do 1º
Distrito Policial de São Vicente, por onde acontecem as investigações.
Matheus Garcia
representou o país no exterior; ele morreu em uma emboscada
O crime - A execução foi motivada
por ciúmes, uma vez que Jarbas desconfiava o envolvimento da namorada, com quem
mantém um relacionamento há quatro anos e tem um filho, com o atleta.
Entretanto, a polícia verificou que não houve qualquer traição e que o policial
fantasiou a situação, que terminou com o crime.
Para a emboscada, os
investigadores apuraram que o PM criou um perfil em uma rede social e se passou
pela jovem. O policial manteve conversas constantes com a vítima, durante seis
meses, e finalmente conseguiu convencê-la de um encontro. O local escolhido era
a casa de uma suposta prima, em São Vicente.
Foram necessárias 12h para que o
crime fosse elucidado, com auxílio de imagens de câmeras. Jarbas está lotado no
batalhão da PM na cidade e foi preso pelo próprio comandante, antes de ser
levado à delegacia. Contra ele há um processo de exoneração, já que é
investigado por envolvimento com o tráfico de drogas.
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