sábado, 23 de setembro de 2017

Motorista que levou jogador de hóquei até PM que o matou por ciúmes é preso em SP

Matheus (esq.) foi morto pelo policial Jarbas (dir.) em São Vicente, SP (Foto: Arquivo Pessoal)
Matheus (esq.) foi morto pelo policial Jarbas (dir.) em São Vicente

A polícia prendeu o motorista de um aplicativo que transportou o atleta da seleção brasileira de hóquei Matheus Garcia Vasconcelos Alves, de 24 anos, até o local de uma emboscada em São Vicente, no litoral de São Paulo. A intenção é investigar a participação dele na execução do jogador, cometida pelo policial militar Jarbas Colferai Neto, de 23 anos.
Matheus foi baleado na nuca, na noite da última segunda-feira (18). Ele foi encontrado ainda com vida no Centro da cidade, e levado às pressas ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. Na mão dele, havia um carregador de celular, mas o aparelho não foi encontrado pela polícia.
O pedido de prisão temporária de 30 dias foi atendido pela Justiça na sexta-feira (22). No entendimento do juiz Rodrigo Barbosa Sales, a partir da investigação da polícia, o motorista ainda oculta informações que podem elucidar o ocorrido. A execução foi flagrada por câmeras de monitoramento.
Segundo a polícia, a arma utilizada no crime e o moletom que o policial vestia ficaram com o motorista, que escondeu o material. Os objetos não foram encontrados. A ordem de prisão foi cumprida no mesmo dia que decretada pela Justiça por policiais do 1º Distrito Policial de São Vicente, por onde acontecem as investigações.

Matheus Garcia representou o país no exterior; ele morreu em uma emboscada (Foto: Arquivo Pessoal)
Matheus Garcia representou o país no exterior; ele morreu em uma emboscada

O crime - A execução foi motivada por ciúmes, uma vez que Jarbas desconfiava o envolvimento da namorada, com quem mantém um relacionamento há quatro anos e tem um filho, com o atleta. Entretanto, a polícia verificou que não houve qualquer traição e que o policial fantasiou a situação, que terminou com o crime.
Para a emboscada, os investigadores apuraram que o PM criou um perfil em uma rede social e se passou pela jovem. O policial manteve conversas constantes com a vítima, durante seis meses, e finalmente conseguiu convencê-la de um encontro. O local escolhido era a casa de uma suposta prima, em São Vicente.
Foram necessárias 12h para que o crime fosse elucidado, com auxílio de imagens de câmeras. Jarbas está lotado no batalhão da PM na cidade e foi preso pelo próprio comandante, antes de ser levado à delegacia. Contra ele há um processo de exoneração, já que é investigado por envolvimento com o tráfico de drogas.

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