quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Paraná PF acha US$ 340 mil em carro apreendido com traficante

Dinheiro foi encontrado após análise em mensagens de texto em celulares apreendidos com Cabeça Branca (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Dinheiro foi encontrado após análise em mensagens de texto em celulares apreendidos com Cabeça Branca

A Polícia Federal encontrou na tarde desta terça-feira (19) cerca de US$ 340 mil em um carro que foi apreendido na Operação Spectrum, que prendeu o traficante Luiz Carlos da Rocha, conhecido como Cabeça Branca. O veículo estava com a Polícia Federal, em Londrina, no norte do Paraná.
De acordo com a PF, o dinheiro foi descoberto após a análise de mensagens de celulares que pertenciam ao criminoso.
Segundo a polícia, um dia antes de ser preso, Cabeça Branca trocou mensagens de texto com Wilson Roncaratti, apontado como o responsável por fazer pagamentos aos produtores da droga que ele traficava, no Paraguai e de pegar recebimentos em outros países. O traficante teria ordenado ao subordinado que entregasse cerca de R$ 1 milhão, na cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil.
Na operação, Roncaratti também foi detido e não conseguiu levar a quantia ao país vizinho. Ele estava com o carro onde o dinheiro foi encontrado.
O veículo foi praticamente todo desmontado, até que o dinheiro fosse encontrado no forro do carro.  
A Justiça havia determinado que a caminhonete fosse destinada ao uso da Polícia Federal. Por esse motivo, o veículo não entrou no leilão que foi realizado nesta terça-feira, que vendeu alguns bens atribuídos ao traficante. As notas de dólar foram empilhadas em uma mesa. Segundo a cotação atual, os US$ 340 mil representam cerca pouco mais de R$ 1 milhão.

Luiz Carlos da Rocha, conhecido como Cabeça Branca, em operação da Polícia Federal (PF) (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Luiz Carlos da Rocha, conhecido como Cabeça Branca, em operação da Polícia Federal

Quem é Cabeça Branca - Luiz Carlos da Rocha é apontado pela Polícia Federal como um dos maiores traficantes do Brasil. Ele estava foragido da Justiça havia 30 anos. O traficante foi detido em Mato Grosso.
As investigações apontaram que o grupo liderado por Cabeça Branca usava caminhões carregados com soja para transportar as drogas. O dinheiro obtido com a venda da cocaína era lavado em fazendas, onde as drogas eram escondidas. Ainda de acordo com a Polícia Federal, Cabeça Branca mantinha duas casas, uma em Sorriso, no Mato Grosso, e outra em Osasco, na Grande São Paulo, usando identidades falsas.
Ainda de acordo com as investigações, o criminoso usava o Porto de Santos (SP) para exportar drogas para a Europa e os Estados Unidos e tinha mais influência que outros traficantes, como Fernandinho Beira-Mar e Juan Carlos Abadia.

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