Dinheiro foi
encontrado após análise em mensagens de texto em celulares apreendidos com
Cabeça Branca
A Polícia Federal encontrou na
tarde desta terça-feira (19) cerca de US$ 340 mil em um carro que foi
apreendido na Operação Spectrum, que prendeu o traficante Luiz Carlos da Rocha,
conhecido como Cabeça Branca. O veículo estava com a Polícia Federal, em
Londrina, no norte do Paraná.
De acordo com a PF, o dinheiro
foi descoberto após a análise de mensagens de celulares que pertenciam ao
criminoso.
Segundo a polícia, um dia antes
de ser preso, Cabeça Branca trocou mensagens de texto com Wilson Roncaratti,
apontado como o responsável por fazer pagamentos aos produtores da droga que
ele traficava, no Paraguai e de pegar recebimentos em outros países. O
traficante teria ordenado ao subordinado que entregasse cerca de R$ 1 milhão,
na cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil.
Na operação, Roncaratti também
foi detido e não conseguiu levar a quantia ao país vizinho. Ele estava com o
carro onde o dinheiro foi encontrado.
O veículo foi praticamente todo
desmontado, até que o dinheiro fosse encontrado no forro do carro.
A Justiça havia determinado que a
caminhonete fosse destinada ao uso da Polícia Federal. Por esse motivo, o
veículo não entrou no leilão que foi realizado nesta terça-feira, que vendeu
alguns bens atribuídos ao traficante. As notas de dólar foram empilhadas em uma
mesa. Segundo a cotação atual, os US$ 340 mil representam cerca pouco mais de
R$ 1 milhão.
Luiz Carlos da Rocha,
conhecido como Cabeça Branca, em operação da Polícia Federal
Quem é Cabeça Branca - Luiz
Carlos da Rocha é apontado pela Polícia Federal como um dos maiores traficantes
do Brasil. Ele estava foragido da Justiça havia 30 anos. O traficante foi
detido em Mato Grosso.
As investigações apontaram que o
grupo liderado por Cabeça Branca usava caminhões carregados com soja para
transportar as drogas. O dinheiro obtido com a venda da cocaína era lavado em
fazendas, onde as drogas eram escondidas. Ainda de acordo com a Polícia
Federal, Cabeça Branca mantinha duas casas, uma em Sorriso, no Mato Grosso, e
outra em Osasco, na Grande São Paulo, usando identidades falsas.
Ainda de acordo com as
investigações, o criminoso usava o Porto de Santos (SP) para exportar drogas
para a Europa e os Estados Unidos e tinha mais influência que outros
traficantes, como Fernandinho Beira-Mar e Juan Carlos Abadia.
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