terça-feira, 10 de outubro de 2017

Ceará pode enviar pele de tilápia a feridos em Minas Gerais

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As vítimas do incêndio provocado intencionalmente pelo vigilante de uma creche em Janaúba (MG), na última quinta feira (5), no qual 11 pessoas morreram e 43 ficaram feridas, terão apoio do Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ) e Banco de Pele Animal do Ceará. Os feridos, em sua maioria crianças, podem ser tratadas com curativos biológicos de pele de tilápia do IAQ.
De acordo com a direção do IAQ, a parceria foi solicitada pelo Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A ajuda médica deve ser oficializada nas próximas semanas, de acordo com o desenvolvimento do quadro médico das vítimas do incêndio.
"Recebemos esse contato do Ministério da Saúde e outros órgãos, inclusive, de instituições como a Unicef. De prontidão, nos disponibilizamos a ajudar tanto com a pele de tilápia, que temos em estoque suficiente para a demanda, bem como com os profissionais do nosso grupo de pesquisa. Atualmente, contamos com cerca de mil peles de tilápia para esse tipo de tratamento", afirma o IAQ.
A pele de tilápia é a primeira pele animal do Brasil e a primeira de animal aquático do mundo estudada no tratamento de queimaduras. O curativo biológico é usado em pacientes com queimaduras de segundo e terceiro graus. Ela tem como vantagem a diminuição dos procedimentos de troca de curativos, o que acarreta menos dor e desconforto.
Outro benefício é que a pele de tilápia tem maior quantidade de colágeno dos tipos 1 e 3, proteínas importantes no processo de cicatrização. Evita também a contaminação bacteriana e perda de líquidos por exsudato, secreção de natureza inflamatória.

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