Um auxiliar de pintura de 39 anos foi
preso na última sexta-feira (6) acusado de manter a mulher, de 36 anos, em
cárcere privado em Sorocaba, no interior de São Paulo. A Polícia Militar foi
acionada por uma professora que encontrou um bilhete com um pedido de socorro
deixado pela vítima dentro do material escolar da filha, de 6 anos.
O plantão da
Polícia Civil da cidade confirmou que a mulher escondeu o papel na agenda
escolar, que é conferida todos os dias pelos professores. "Bom
dia, preciso de ajuda, por favor, é urgente", escreveu a mãe.
"Ligue nesse número, é do meu filho. Passe esse endereço para ele. Pede
para ele vir acompanhado com alguém, é caso de vida ou morte.
Estou correndo perigo até de vida."
A professora, no entanto, preferiu
ligar direto para a Polícia Militar, que foi resgatar a vítima. A equipe
encontrou o suspeito na casa. Ele negou o crime. A vítima, que estava nos
fundos da residência, foi vista pelos agentes, que a chamaram para conversar.
A mulher contou que ela estava
vivendo com o auxiliar há seis meses e que a relação dos dois começou a ficar
difícil depois que ele tirou dela as chaves da casa e o celular. Em seguida,
vieram as agressões: em uma delas, ele a teria estrangulado; em outra, ele usou
uma faca como ameaça.
Encaminhado para a Polícia Civil, o
suspeito voltou a negar os crimes na delegacia, mas o Boletim de Ocorrência foi
registrado com base na Lei Maria da Penha. Ele vai responder pelas acusações de
cárcere privado, violência doméstica, sequestro e ameaça.
A mulher vai continuar vivendo na
mesma casa com a criança, que não é filha do agressor.
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