Os socorristas se
empenharam para resgatar o piloto o mais rápido possível, mas a queda foi fatal
O piloto de voo livre Ney Albert
Murtha, 46 anos, de Brasília (DF), morreu durante um voo de parapente nesta
sexta-feira (20) em Quixadá. O acidente ocorreu na Serra do Urucum, no distrito
de Juatama, na zona rural deste município do Sertão Central. Ele havia acabado
de decolar da rampa oficial, quando a pouco mais de mil metros sua vela fechou
diante da enorme formação rochosa caindo de uma altura de aproximadamente 100
metros.
Várias equipes de resgate, dos
próprios pilotos seguiram para o local. A Coordenadoria Integrada de Operações
Aéreas (Ciopaer), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo
de Bombeiros de Quixeramobim foram acionados logo em seguida. Apesar da
agilidade no resgate, que só pode ser realizado com o auxílio do helicóptero da
Ciopaer, quando chegaram no local, de mata fechada, no sopé do rochedo, o piloto
já estava morto. Na queda ele sofreu traumatismo cranioencefálico, explicou um
dos socorristas.
O piloto caiu no sopé
da Serra do Urucum - O resgate do corpo foi feito pela equipe da Ciopaer
O helicóptero pousou
com o corpo do piloto em um casulo de resgate pendurado a um cabo de aço
O secretário do Desenvolvimento
Econômico e Turismo de Quixadá, Pedro Baquit, que também esteve no local do
acidente com membros da Associação de Voo Livre do Sertão Central (AVLSC) para
darem assistência ao piloto, informou que estava programado para o próximo
domingo (22) a abertura oficial da temporada de voo livre com um café da manhã
especial para os pilotos na rampa do Urucum, que a praticamente duas décadas,
nesta época do ano, viajam de todos os cantos do mundo para Quixadá, conhecida
com “Havaí do voo livre”. “Será um momento de homenagem póstuma“, acrescentou
Baquit se referindo ao acidente.
O corpo do piloto foi recolhido
pela equipe do Núcleo de Perícia Forense (Pefoce) de Quixeramobim para a
realização da necrópsia. Os amigos, incluindo outros dois pilotos de Brasília,
auxiliarão no translado para o Distrito Federal, onde residia com esposa e três
filhos. Ney Murtha era engenheiro da Agencia Nacional de Águas (ANA).
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