Wanderley Nogueira (à
direita) estava foragido do Ceará há 14 anos
Mais um bandido foragido do Ceará
é morto em outro estado brasileiro. José Wanderley dos Santos Nogueira, matador
de aluguel temido na região do Vale do Jaguaribe, acusado de um “rosário” de
crimes de pistolagem e assaltos, tombou sem vida num confronto com a Polícia
Militar em Tocantins, na Região Centro-Oeste. Entre seus crimes no Ceará, o que
vitimou o radialista Nicanor Linhares, há 14 anos na cidade de Limoeiro do
Norte.
O bandido era um dos principais
pistoleiros da região que compreende os Municípios de Limoeiro e Tabuleiro do
Norte, além de São João do Jaguaribe. Foragido da Justiça do Ceará, estava envolvido em roubo de cargas e
assaltos no Tocantins.
Na tarde do último sábado (14),
José Wanderley Nogueira, o “Gordo” ou “Cabeção”, fugia da Polícia com seus
comparsas após o roubo de uma carga de cigarros estimada em R$ 400 mil, crime
ocorrido no Município de São Bento do Tocantins, mas foi cercado por patrulhas
da Força Tática da PM. Depois de se esconder em um matagal, ele trocou tiros
com a PM nos arredores da cidade e ficou gravemente ferido. Ainda chegou a ser
levado pela PM para o hospital local e transferido de ambulância para o
Município de Araguatins, onde foi constatado o óbito.
Somente na última terça-feira
(17), a informação sobre a morte do pistoleiro cearense em Tocantins foi confirmada
pelas autoridades locais.
“Gordo” era foragido da Justiça
do Ceará desde junho de 2003, quando participou diretamente de uma pistolagem
na cidade de Limoeiro do Norte. Em um crime de aluguel, e de motivação
política, ele invadiu as dependências da Rádio Vale do Jaguaribe e matou com 11
tiros à queima-roupa, o radialista Nicanor Linhares. Em seguida fugiu do estado e foi capturado
cinco anos depois, em 30 de abril de 2008, na cidade de Marabá, no interior do
Pará. De lá também fugiu meses depois.
Envolvidos foram mortos - De 10
pessoas acusadas de envolvimento no assassinato do radialista Nicanor Linhares
– entre mandantes, intermediários e executores – pelo menos quatro já morreram.
O primeiro, foi o pistoleiro José
Roberto dos Santos Nogueira, o “Chico Orelha” que tombou morto numa troca de
tiros com a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, no dia 17 de outubro de
2004, no Município de Baraúnas (RN).
“Chico Orelha” também era acusado de uma chacina em que sete pessoas
foram executadas em Limoeiro do Norte, na noite de 18 de setembro de 2003, três
meses após a morte do radialista Nicanor Linhares na mesma cidade.
O segundo, Francisco José de
Oliveira Maia, o “Dedé da Fubica”, ex-presidiário, assassinado em 30 de março
de 2010, em Limoeiro do Norte. Ele teria dado fuga aos pistoleiros numa
ambulância. O crime ocorreu quatro meses
após o acusado ter saído da cadeia.
O terceiro, o matador de aluguel
Nilson Osterno Maia, fuzilado em Limoeiro do Norte no dia 3 de junho de 2012,
em Limoeiro do Norte.
O quarto, o pistoleiro José
Wanderley Nogueira, o “Gordo” ou “Cabeção”, em Tocantins, no último sábado (14
de outubro de 2017), numa troca de tiros com a PM, em São Bento do Tocantins
(TO).
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