“Tô com medo só quero que a justiça seja feita antes que esse
cara me mate ou me machuque. Não aguentava mais a violência que sofria da parte
dele então resolvi largar e ele não aceita”. O depoimento acima é parte da
postagem que Kevelyn Flora, de 25 anos, fez exatamente uma semana antes de ser
assassinada pelo ex-companheiro, identificado por ela como Cristian.
O crime aconteceu no dia 14 de janeiro em Poço Fundo, cidade
com menos de 16 mil habitantes localizada no sul de Minas Gerais. O autor é
procurado pela polícia desde domingo e foi visto por moradores na casa da mãe,
mas fugiu por uma mata e ainda não foi encontrado.
Ele foi até a casa da vítima com uma garrafa contendo
gasolina e ateou fogo depois de jogar o combustível no corpo de Kevelyn.
Um vizinho de Kevelyn que tentou ajudar a apagar as chamas em
seu corpo informou que já tinha presenciado discussões entre o casal e que,
numa delas, ouviu o agressor gritar que iria matá-la. No mesmo dia ela
encontrou as roupas de suas filhas e as suas rasgadas por Cristian, que ainda
queimou seu computador.
Kevelyn morreu na noite de segunda-feira (15) enquanto era
preparada para ser transferida para o Hospital João 23, em Belo Horizonte,
referência no tratamento de vítimas de queimaduras no Estado. Ela teve 50% do
corpo atingido pelo fogo e estava internada em estado grave na unidade de saúde
de Alfenas, município vizinho ao que ela morava.
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