terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

CRIME ORGANIZADO - Líderes do PCC assassinados moravam há um ano no Ceará ostentando riqueza e poder

Uma das casas de luxo dos bandidos é esta no Alphaville de Aquiraz, onde estavam os 4 carros importados

Ostentação, riqueza e impunidade. Esta era a vida que gozavam no Ceará, há mais de um ano, os dois líderes da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), mortos na última quinta-feira (15) em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).  Três casas de luxo em condomínios de alto padrão, dois apartamentos na zona nobre da Capital e quatro automóveis de luxo na garagem, entre eles, duas BMW top de linha.
Era assim que viviam Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”; e seu comparsa e braço-direito no crime, Fabiano Alves de Souza, o “Paca”. Há um ano eles driblavam a Polícia cearense, usando documentos falsos e gozando uma vida luxuosa, além de um vai-e-vem entre o Brasil e a Bolívia, de onde exportavam a cocaína consumida no país sob o controle e distribuição do PCC.
Na tarde de ontem, a Polícia esteve numa das casas de luxo dos criminosos, no Condomínio Alphaville, no Porto das Dunas, em Aquiraz, e ali constatou a riqueza e o luxo ostentado pelos criminosos assassinados. Junto com suas famílias, “Gegê do Mangue” e  “Paca” andavam em Fortaleza em quatro carros importados, sem se importar com a Polícia. Ambos eram foragidos da Justiça de São Paulo, acusados de crimes como assassinato, tráfico de drogas, associação para o tráfico e formação de bando ou quadrilha, além do uso de documentos falsos.
Tudo isso passou batido pela Polícia cearense e pelas autoridades da Justiça e do Ministério Público de São Paulo. Acreditava-se que “Gegê do Mangue” estava na Bolívia, escondido da Polícia brasileira. No entanto, em Fortaleza ele circulava a bordo de quatro carros importados e blindados.
Além da casa luxuosa no Alphaville de Aquiraz, “Gegê do Mangue” também comprou casas no Alphaville do Eusébio e apartamentos no bairro Cocó (um por andar). Com o dinheiro fácil do narcotráfico, adquiriu também uma mansão na paradisíaca Praia do Uruaú, em Beberibe, no valor de R$ 1,1 milhão.

FRETADO - Com tanto dinheiro sendo esbanjado, os dois homens acabaram causando a ira do chefe do bando, o narcotraficante Marcos Herbas Camacho, o “Marcola”, o “número um” do PCC que se encontra preso na penitenciária federal de segurança máxima em Venceslau Brás, em São Paulo.
Esta, ao menos, é a principal linha de investigação do Ministério Público de São Paulo. A ostentação e riqueza dos dois então comparsas e “homens de confiança” de “Marcola” fez o líder da facção decidir por mandar eliminar aqueles que antes eram seus principais gerentes do negócio do tráfico.
Para fechar o ciclo de ostentação e riqueza dos bandidos no Ceará, os corpos deles foram transportados ontem à tarde para São Paulo em um voo fretado pela família. O valor pago pelo transporte dos dois caixões com os corpos de “Gegê do Mangue” e “Paca” não ficou por menos de R$ 100 mil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário