Uma das casas de luxo
dos bandidos é esta no Alphaville de Aquiraz, onde estavam os 4 carros
importados
Ostentação, riqueza e impunidade.
Esta era a vida que gozavam no Ceará, há mais de um ano, os dois líderes da
organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), mortos na última
quinta-feira (15) em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Três casas de luxo em condomínios de alto
padrão, dois apartamentos na zona nobre da Capital e quatro automóveis de luxo
na garagem, entre eles, duas BMW top de linha.
Era assim que viviam Rogério
Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”; e seu comparsa e braço-direito no
crime, Fabiano Alves de Souza, o “Paca”. Há um ano eles driblavam a Polícia
cearense, usando documentos falsos e gozando uma vida luxuosa, além de um
vai-e-vem entre o Brasil e a Bolívia, de onde exportavam a cocaína consumida no
país sob o controle e distribuição do PCC.
Na tarde de ontem, a Polícia
esteve numa das casas de luxo dos criminosos, no Condomínio Alphaville, no
Porto das Dunas, em Aquiraz, e ali constatou a riqueza e o luxo ostentado pelos
criminosos assassinados. Junto com suas famílias, “Gegê do Mangue” e “Paca” andavam em Fortaleza em quatro carros
importados, sem se importar com a Polícia. Ambos eram foragidos da Justiça de
São Paulo, acusados de crimes como assassinato, tráfico de drogas, associação
para o tráfico e formação de bando ou quadrilha, além do uso de documentos
falsos.
Tudo isso passou batido pela
Polícia cearense e pelas autoridades da Justiça e do Ministério Público de São
Paulo. Acreditava-se que “Gegê do Mangue” estava na Bolívia, escondido da
Polícia brasileira. No entanto, em Fortaleza ele circulava a bordo de quatro
carros importados e blindados.
Além da casa luxuosa no
Alphaville de Aquiraz, “Gegê do Mangue” também comprou casas no Alphaville do
Eusébio e apartamentos no bairro Cocó (um por andar). Com o dinheiro fácil do
narcotráfico, adquiriu também uma mansão na paradisíaca Praia do Uruaú, em Beberibe,
no valor de R$ 1,1 milhão.
FRETADO - Com tanto dinheiro
sendo esbanjado, os dois homens acabaram causando a ira do chefe do bando, o
narcotraficante Marcos Herbas Camacho, o “Marcola”, o “número um” do PCC que se
encontra preso na penitenciária federal de segurança máxima em Venceslau Brás,
em São Paulo.
Esta, ao menos, é a principal
linha de investigação do Ministério Público de São Paulo. A ostentação e
riqueza dos dois então comparsas e “homens de confiança” de “Marcola” fez o
líder da facção decidir por mandar eliminar aqueles que antes eram seus
principais gerentes do negócio do tráfico.
Para fechar o ciclo de ostentação
e riqueza dos bandidos no Ceará, os corpos deles foram transportados ontem à
tarde para São Paulo em um voo fretado pela família. O valor pago pelo
transporte dos dois caixões com os corpos de “Gegê do Mangue” e “Paca” não
ficou por menos de R$ 100 mil.
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