ESTRADA que dá acesso
à área da reserva onde os dois corpos foram encontrados
Encontrados mortos na última
sexta-feira em uma reserva indígena no município de Aquiraz, na Região Metropolitana
de Fortaleza, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de
Sousa, o Paca, chefes da facção criminosa PCC, teriam sido assassinados por
seguranças da própria organização. O número 1 da facção, em liberdade, e seu
comparsa usaram o Ceará a fim de encontrar os familiares por conta da
facilidade de circular. O grupo teria deixado a Bolívia, onde Gegê e Paca
estavam, em voo fretado direto para o Estado. Além deles, integravam a comitiva
esposas e filhos dos dois traficantes.
“As motivações do crime ainda são
prematuras, mas tudo indica que foi acerto de contas do próprio PCC. Gegê e
Paca foram assassinados por pessoas do ‘partido’ (PCC) que faziam a segurança
deles”, afirma uma fonte que acompanha as investigações do caso.
De acordo com a fonte, os chefes
da facção passavam férias no Estado. “Usaram o Ceará não por uma questão de
interesse geográfico, mas pela facilidade que tiveram em se deslocar. Eles têm
filhos pequenos, esposas, e a única maneira de encontrar esses filhos, que
estão em idade escolar, seria nas férias”.
Aliado de Gegê, Paca teria estado
no Ceará em janeiro de 2017, quando, junto com a família, visitou o Beach Park
e passeou por praias como Canoa Quebrada. No litoral, teria feito fotografias e
postado em redes sociais. Nessa época, ambos já estavam foragidos da Justiça
paulista, acusados de duplo homicídio. Gegê foi julgado à revelia e condenado a
47 anos de prisão em fevereiro do ano passado.
Os dois amigos de organização
criminosa teriam vindo da Bolívia e alugado duas casas em condomínios de luxo
que existem tanto em Aquiraz quanto no município vizinho, Eusébio. Nas duas
residências, Gegê do Mangue e Paca receberam as famílias e, com documentação
falsa, se passaram por turistas comuns na capital cearense e em várias localidades
do litoral do Estado.
Gegê e Paca foram mortos na
quinta-feira, 15, e os corpos, sem identificação, encontrados no dia seguinte
em um trecho de floresta da área indígena da tribo Jenipapo-Kanindé, em
Aquiraz.
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