terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

EXECUÇÕES - Seguranças teriam matado chefes do PCC

ESTRADA que dá acesso à área da reserva onde os dois corpos foram encontrados TATIANA FORTES
ESTRADA que dá acesso à área da reserva onde os dois corpos foram encontrados

Encontrados mortos na última sexta-feira em uma reserva indígena no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Sousa, o Paca, chefes da facção criminosa PCC, teriam sido assassinados por seguranças da própria organização. O número 1 da facção, em liberdade, e seu comparsa usaram o Ceará a fim de encontrar os familiares por conta da facilidade de circular. O grupo teria deixado a Bolívia, onde Gegê e Paca estavam, em voo fretado direto para o Estado. Além deles, integravam a comitiva esposas e filhos dos dois traficantes.
“As motivações do crime ainda são prematuras, mas tudo indica que foi acerto de contas do próprio PCC. Gegê e Paca foram assassinados por pessoas do ‘partido’ (PCC) que faziam a segurança deles”, afirma uma fonte que acompanha as investigações do caso. 
De acordo com a fonte, os chefes da facção passavam férias no Estado. “Usaram o Ceará não por uma questão de interesse geográfico, mas pela facilidade que tiveram em se deslocar. Eles têm filhos pequenos, esposas, e a única maneira de encontrar esses filhos, que estão em idade escolar, seria nas férias”.
Aliado de Gegê, Paca teria estado no Ceará em janeiro de 2017, quando, junto com a família, visitou o Beach Park e passeou por praias como Canoa Quebrada. No litoral, teria feito fotografias e postado em redes sociais. Nessa época, ambos já estavam foragidos da Justiça paulista, acusados de duplo homicídio. Gegê foi julgado à revelia e condenado a 47 anos de prisão em fevereiro do ano passado.
Os dois amigos de organização criminosa teriam vindo da Bolívia e alugado duas casas em condomínios de luxo que existem tanto em Aquiraz quanto no município vizinho, Eusébio. Nas duas residências, Gegê do Mangue e Paca receberam as famílias e, com documentação falsa, se passaram por turistas comuns na capital cearense e em várias localidades do litoral do Estado.
Gegê e Paca foram mortos na quinta-feira, 15, e os corpos, sem identificação, encontrados no dia seguinte em um trecho de floresta da área indígena da tribo Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz. 

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