sábado, 5 de maio de 2018

Adolescente é estuprada e queimada viva na Índia

Ativista segura cartaz em protesto contra a violência sexual na Índia no mês passado: 14 pessoas foram presas por envolvimento no mais recente caso a chocar o país, mas os dois principais suspeitos continuam foragidos

PATNA, Índia - Dois homens queimaram uma adolescente viva em sua casa no Leste da Índia, um dia depois de estuprá-la, informou neste sábado a polícia, em um novo caso de violência sexual a chocar o país.
A jovem de 16 anos foi raptada em Chatra, uma aldeia na região do estado de Jharkhand quando a família estava em um casamento, e foi estuprada pelos homens na quinta-feira em um parque florestal, segundo a polícia local. A família denunciou o crime ao Conselho local, que ordenou que os acusados pagassem uma indenização de 50 mil rúpias (cerca de US$ 770). O Conselho local, uma entidade formada pelos membros mais velhos da comunidade, geralmente resolve disputas, evitando assim que os casos sigam para sistema Judiciário indiano, lento e caro.
Segundo a polícia, esta decisão irritou os homens, que espancaram os pais da jovem antes de atearem fogo nela, indicou à AFP um funcionário da polícia local, Ashok Ram. Os dois homens fugiram. Uma investigação sobre o caso foi aberta.
Ainda neste sábado, 14 pessoas acusadas de envolvimento no caso foram presas.
A Índia reforçou suas leis para os crimes de agressão sexual em 2013, depois de um estupro coletivo em Nova Déli. Mas a violência sexual é comum no país, com 11 mil casos de estupros infantis registrados em 2015.
Em 2016, foram registrados cerca de 40.000 casos de estupro na Índia, mas estima-se que muitos mais não foram denunciados porque na patriarcal sociedade indiana as vítimas de crimes sexuais também sofrem de um estigma.

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