Ativista segura
cartaz em protesto contra a violência sexual na Índia no mês passado: 14
pessoas foram presas por envolvimento no mais recente caso a chocar o país, mas
os dois principais suspeitos continuam foragidos
PATNA, Índia - Dois homens
queimaram uma adolescente viva em sua casa no Leste da Índia, um dia depois de
estuprá-la, informou neste sábado a polícia, em um novo caso de violência
sexual a chocar o país.
A jovem de 16 anos foi raptada em
Chatra, uma aldeia na região do estado de Jharkhand quando a família estava em
um casamento, e foi estuprada pelos homens na quinta-feira em um parque
florestal, segundo a polícia local. A família denunciou o crime ao Conselho
local, que ordenou que os acusados pagassem uma indenização de 50 mil rúpias
(cerca de US$ 770). O Conselho local, uma entidade formada pelos membros mais
velhos da comunidade, geralmente resolve disputas, evitando assim que os casos
sigam para sistema Judiciário indiano, lento e caro.
Segundo a polícia, esta decisão
irritou os homens, que espancaram os pais da jovem antes de atearem fogo nela,
indicou à AFP um funcionário da polícia local, Ashok Ram. Os dois homens
fugiram. Uma investigação sobre o caso foi aberta.
Ainda neste sábado, 14 pessoas
acusadas de envolvimento no caso foram presas.
A Índia reforçou suas leis para
os crimes de agressão sexual em 2013, depois de um estupro coletivo em Nova
Déli. Mas a violência sexual é comum no país, com 11 mil casos de estupros
infantis registrados em 2015.
Em 2016, foram registrados cerca
de 40.000 casos de estupro na Índia, mas estima-se que muitos mais não foram
denunciados porque na patriarcal sociedade indiana as vítimas de crimes sexuais
também sofrem de um estigma.
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