Gil Gomes em 2002
O jornalista e radialista Gil
Gomes morreu na madrugada desta terça-feira (16) em São Paulo, informou a
assessoria do Hospital São Paulo. Famoso na crônica policial, ele tinha 78
anos.
Na noite de segunda, o jornalista
passou mal em sua casa, no bairro Jardim da Saúde, Zona Sul da capital. Ele foi
socorrido por equipe do Samu e levado para o pronto-socorro do Hospital São
Paulo. A morte foi confirmada nesta madrugada. Ainda de acordo com a assessoria
do centro médico, ele morreu em decorrência de um câncer.
Cândido Gil Gomes Jr. nasceu na
Mooca, bairro de imigrantes italianos de São Paulo, em 1940. Dono de uma voz
potente, começou a carreira jornalística aos 18 anos, em uma rádio, como
locutor esportivo. Na época, não pensava em cobrir crimes. "Polícia sempre
me cheirava a coisa de mundo cão", disse em entrevista à "Folha de
S.Paulo" em 2008.
Gil Gomes
A entrada no "mundo
cão" ocorreu em 1968, na Rádio Marconi. Lá, deixou a crônica esportiva
para cobrir reportagens de temas variados. Se destacou ao cobrir, ao vivo, um
caso de agressão sexual ocorrido no prédio onde trabalhava. A partir daí,
aprimorou a narrativa que o marcou na crônica policial brasileira.
Nos anos 90 integrou a equipe do
popular “Aqui Agora”, do SBT. Manteve no vídeo a entonação de suspense que
criou no rádio, acrescentando ao estilo um gesto circular que fazia com a mão e
camisas com estampas coloridas. Depois do “Aqui Agora”, trabalhou em outras
emissoras.
Jornalista e radialista Gil Gomes
Gil Gomes ficou afastado da TV
por mais de 10 anos devido a problemas de saúde relacionados ao Mal de
Parkinson, doença diagnosticada em 2005. Em 2016, aos 76 anos, foi convidado a
participar com comentários em um programa de TV patrocinado por uma rede de
farmácias.
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