
Karina Firmino foi assassinada em
maio de 2016 com vários tiros
Após dois anos e sete de um crime
de pistolagem que abalou e revoltou a população da cidade de Acopiara, no
Centro Sul do Ceará, a Justiça vai realizar nesta quarta-feira (21) a primeira
audiência de instrução do processo. O assassinato da jovem Karina Firmino
continua na memória dos moradores e os criminosos permanecem impunes.
A audiência será realizada a
partir de 9 horas no Fórum da cidade, sob a presidência da juíza de Direito,
Carla Cristina de Oliveira, tendo como representante do Ministério Público
Estadual o promotor de Justiça, Igor Caldas Baraúnas Rego. Testemunhas de
defesa e acusação serão ouvidas durante o dia.
A policial civil (escrivã)
Ludmila Freitas de Andrade, apontada nas investigações como mandante do crime
(autora intelectual) não vai estar presente ao ato. A pedido de sua defesa, ela
será interrogada em Fortaleza. A segunda acusada de envolvimento no
assassinato, Antônia Campos Dias, vai estar diante da magistrada e será ouvida.
O clima na cidade de Acopiara é de expectativa.
O crime - Karina Firmino
foi assassinada, a tiros, por dois pistoleiros, na noite de 4 de maio de 2016.
O crime ocorreu na porta da casa da vítima. A garota retornava de um encontro
que tivera com seu então namorado, um soldado da Polícia Militar. Após o encontro em um posto de combustíveis,
Karina foi a uma lanchonete com uma amiga e, no momento em que descia de sua
motocicleta, foi atingida por tiros à queima-roupa.
No decorrer da investigação, a
Polícia descobriu que a jovem era vítima de ameaças de morte por parte da
escrivã Ludmila, que, na época, era casada com o PM. A policial civil não
escondia o desejo de matar a amante do seu marido. As ameaças passaram a ser
mais fortes e mais constantes quando a escrivã soube que Karina havia
engravidado e dado a luz a uma criança filha do seu relacionamento com o
militar.
As investigações culminaram na
autorização judicial para a quebra do sigilo telefônico dos suspeitos, ocasião
em que a Polícia colheu provas cabais da trama criminosa. Ludmila, segundo
denúncia do Ministério Público, teria agido em parceria com sua então empregada
doméstica, Antônia Campos Dias, que fez o papel de intermediária na contratação
dos pistoleiros que, depois, viriam matar Karina Firmino.
Os pistoleiros que praticaram o
assassinato não foram identificados no inquérito, embora pistas apontem para
dois suspeitos. Já a escrivã e sua cúmplice continuam e liberdade, mas poderão
ter a prisão preventiva decretada ao final da audiência que acontece nesta
quarta.
FONTE – cn7
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