No sábado (17), Marcelo Piloto
matou a facadas uma jovem de 18 anos dentro da cela onde estava preso em
Assunção, no Paraguai
O presidente do Paraguai, Mario
Abdo Benítez, expulsou o narcotraficante brasileiro Marcelo Fernando Pinheiro
Veiga, conhecido como "Marcelo Piloto", do país.
Por meio de sua conta no twitter,
Benítez confirmou a extradição de Piloto para o Brasil. Segundo ele, a medida
foi tomada para que o Paraguai "não seja uma terra de impunidade para
ninguém".
Segundo o governo paraguaio,
Piloto deixou Assunção em um avião da Força Aérea do país com destino a Ciudad
del Leste. De lá, o criminoso cruzou a fronteira e foi entregue às autoridades
brasileiras em Foz do Iguaçu (PR). Piloto será transferido para o presídio
federal de Catanduvas (PR).
A extradição-relâmpago ocorre
dois dias depois de o traficante Marcelo Piloto matar uma jovem de 18 anos
dentro de uma cela onde estava preso em Assunção, a capital do país vizinho.
Piloto, apontado como um dos
líderes da facção criminosa Comando Vermelho no Rio, teria golpeado e
esfaqueado a vítima durante uma visita privada no último sábado (17) para,
segundo as investigações, evitar sua extradição ao Brasil.
Condenado a mais de 25 anos no
Brasil por um homicídio e dois roubos, Piloto tentava há meses evitar sua
extradição, autorizada pela Justiça do Paraguai em 30 de setembro.
Ficha Criminal - Marcelo
Piloto é apontado como chefe do tráfico de drogas do Complexo de Manguinhos, na
zona norte carioca, e foi preso no dia 13 de dezembro de 2017 em uma
megaoperação na cidade de Encarnación, a cerca de 360 km de Assunção.
Segundo informações do
disque-denúncia, ele também foi chefe do tráfico de drogas das favelas Mandela
1, 2 e 3, igualmente na zona norte do Rio, onde ainda exerce influência.
Depois, virou "matuto", como é chamado o responsável por abastecer as
facções com armas e drogas.
Piloto possui uma extensa ficha
criminal, que inclui acusações de homicídio, tráfico e associação para o
tráfico de drogas, latrocínio e roubos.
Ele é acusado de fazer parte do
grupo criminoso que protagonizou o resgate de Diogo de Souza Feitoza, o DG, em
2012. Na ocasião, um bando de dez homens fortemente armados invadiu a 25ª
Delegacia de Polícia, no Engenho Novo, na zona norte do Rio, para retirar o
suspeito do local.
Além de chefiar as bocas de fumo
na região de Manguinhos, Piloto também já foi investigado por envolvimento em
um esquema de compra ilegal de unidades habitacionais do programa Minha Casa
Minha Vida.
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