Por ainda ser governador do Rio
de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, detido no Palácio Laranjeiras, será
transferido para o Batalhão Especial Prisional de Niterói (BEP). De acordo com a PGR, são nove os alvos da
Operação Boca de Lobo, que, além de Pezão, mira assessores e um sobrinho. As
ações são executadas pela Polícia Federal.
Dos nove mandados de prisão
preventivas, sete já foram cumpridos, sendo que uma das pessoas já estava
presa.
A Polícia Federal espera que uma
oitava pessoa se entregue. Também está no BEP, o ex-procurador-geral de Justiça
do Rio, Claudio Lopes.
Entre os alvos da operação, estão
José Iran Peixoto Júnior, secretário de Obras; Affonso Henriques Monnerat Alves
da Cruz, secretário de Governo; Luiz Carlos Vidal Barroso, servidor da
secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico, e Marcelo Santos Amorim,
sobrinho do governador.
Estão entre os alvos Cláudio
Fernandes Vidal, sócio da J.R.O Pavimentação; Luiz Alberto Gomes Gonçalves,
sócio da J.R.O Pavimentação; Luis Fernando Craveiro de Amorim e César Augusto
Craveiro de Amorim, ambos sócios da High Control.
A prisão de Pezão na Operação
Boca de Lobo é decorrente da delação premiada de Carlos Miranda, operador
financeiro de Sergio Cabral, e que, após dois anos detido em Benfica, passou ao
regime de prisão domiciliar na semana passada. Segundo Miranda, Pezão recebia
uma mesada de R$ 150 mil mensais (em espécie), 13º salário e dois bônus de R$ 1
milhão.
Segundo o Ministério Público
Federal (MPF), Pezão recebeu cerca de R$ 25 milhões entre 2007 e 2015. Em
valores atualizados, seriam R$ 39 milhões.
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