
Calça de Crespo ficou queimada
O roteirista Carlos Henrique Lopes Crespo, de 49 anos, sofreu queimaduras
de segundo e terceiro graus na perna esquerda e nos dedos das mãos após seu
telefone celular ter explodido e pegado fogo no início da tarde do último
sábado. Crespo estava com o aparelho, um Samsung modelo Galaxy A5 comprado em
2016, no bolso de sua calça jeans. O acidente ocorreu quando o roteirista
estava no banco carona de seu carro, na Zona Oeste do Rio. A sua mulher dirigia
o veículo.
— Escutei um barulho que chamou
minha atenção e, quando olhei para a minha perna, vi que estava saindo uma
fumaça preta. O celular estava no bolso, eu não estava usando nem carregando o
aparelho. De repente, senti minha perna queimar e, no desespero, peguei o
celular e acabei queimando as mãos. Joguei o telefone pela janela e, quando
tirei a calça, ela estava com brasas, ou seja, estava claramente pegando fogo —
relembra Crespo.
O roteirista foi levado por sua mulher para um hospital, onde recebeu
atendimento. Ele teve alta médica na madrugada de domingo, mas precisou voltar
à emergência no mesmo dia, com febre alta. No dia seguinte, foi ao hospital
novamente para retirar as bolhas formadas pelas queimaduras. Agora, o
roteirista faz curativos em casa duas vezes por dia.

O banco do carro do roteirista
O aparelho que estava sendo usado
pelo roteirista tinha sido emprestado a ele por sua mãe, já que o seu vinha
apresentando defeito. Ele estava com o celular há poucos dias e não havia
notado nenhum problema em seu funcionamento.
As feridas podem atrapalhar a
vida profissional de Crespo. Freelancer, ele está com uma proposta para iniciar
um trabalho este mês, mas não sabe se conseguirá fazer o serviço, uma vez que,
além das queimaduras, tem sofrido com enjoos e mal-estar.
— Me senti personagem de fake
news. A gente ouve essas histórias e acha que é historinha de WhatsApp. Não sei
como vou lidar com celular a partir de agora. Estou assustado — afirma.

O roteirista teve queimaduras de
segundo e terceiro graus
Após o acidente, o roteirista fez uma postagem
em seu Facebook relatando o que havia acontecido com ele. “Não é uma figura de
linguagem. Ontem, meu celular explodiu. Ainda sem acreditar no que aconteceu”,
escreveu ele no início do texto. O relato acabou chegando à fabricante Samsung,
que entrou em contato com o roteirista. Nessa terça-feira, representantes da
empresa estiveram na casa de Carlos Henrique.
A empresa de tecnologia informou
que realizará uma análise completa para determinar a causa exata do ocorrido. “Gostaríamos
de assegurar aos nossos consumidores que seguimos os mais rigorosos padrões de
segurança e controle de qualidade para garantir a melhor experiência com nossos
produtos e serviços”, informou a Samsung em nota.
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