
Alegando abuso de poder religioso, o Ministério Público Eleitoral (MPE)
entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral no Tribunal Regional
Eleitoral do Ceará (TRE-CE), pedindo a inelegibilidade do deputado estadual
eleito André Fernandes (PSL), que nega as irregularidades.
O procurador regional eleitoral Anastácio Tahim Júnior, que moveu a
ação, afirma que André é “diretamente responsável por condutas caracterizadoras
de abuso de poder econômico, na modalidade abuso de poder religioso, bem como de
todos os que tenham contribuído significativamente para a prática do ilícito”.
A Procuradoria destaca que os fundamentos para a elaboração do processo
foram colhidos durante monitoramento das redes sociais. O relatório cita
eventos religiosos ocorridos em Iguatu, Maracanaú e Solonópole, onde o deputado
teria sido beneficiado. Ele foi o deputado mais votado com mais de 109 mil
votos nas últimas eleições.
O então candidato André Fernandes foi beneficiado com uma espécie de
publicidade extraoficial ao ser exaltado no contexto de diversos cultos
religiosos, perante milhares de fiéis presentes no local, que lhe propicionou
experimentar invejável e ilegítimo favorecimento em evidente quebra de paridade
de armas.
André Fernandes nega abuso de poder religioso. Diz que o processo é
baseado em “achismo” e que em nenhum momento conseguem provar se houve abuso do
poder religioso. Ressalta que oração não é proibida. Afirmou que irá se
defender no processo.
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