sexta-feira, 22 de março de 2019

Polícia Civil desarticula esquema de recrutamento de facção no Ceará - 46 mandados de prisão são cumpridos em 15 municípios

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Operação foi realizada pela Polícia Civil

A Polícia Civil do Estado do Ceará mapeou e desarticulou nesta quinta-feira, 21, um esquema de recrutamento referente a uma facção criminosa com atuação no estado do Ceará e cumpriu 46 mandados de prisão. As ações aconteceram em 15 municípios e foram resultado de investigações da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco). 
21 dos mandados foram cumpridos contra internos do sistema penitenciário do Estado. Outras 17 pessoas foram presas em Fortaleza, Região Metropolitana e Interior. Os recrutamentos aconteceram no período dos ataques de organizações criminosas no começo do ano. Os "batismos" da facção eram realizados por meio de celular, sob a coordenação de detentos.
A operação denominada Aditium, que significa ingresso, teve um efetivo de 250 policiais civis distribuídos nos municípios de Aracati, Barbalha, Caucaia, Forquilha, Fortaleza, Horizonte, Iguatu, Juazeiro, Pacatuba, Quixadá, Jaguaruana, Itaitinga, Eusébio, Pedra Branca e Canindé. Os policiais saíram ainda na madrugada desta quinta-feira, 21, e a operação aconteceu de maneira simultânea.
Delegado geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Sabóia Rattacaso falou sobre a estratégia de ação no combate ao tráfico de drogas, tráfico de armas e lavagem de dinheiro. A operação da Draco  teve apoio das Especializadas, do Ministério Público e do Poder Judiciário, por meio da Vara das Organizações Criminosas.
Para o delegado titular da Draco, Harley Filho, o recém-integrante tem várias funções na facção, seja de cobrança de droga, expulsão de moradores e até questionar se o morador é um 'X9", que na linguagem dos criminosos é a pessoa que realiza denúncias à Polícia. "Essa é uma série de delitos que eles podem perpetrar para ganhar um conceito dentro da facção".
O perfil dos "novatos" nas facções é de jovens, a maioria na faixa etária dos 20 anos e com antecedentes criminais. Entre os presos há pessoas que respondem na Justiça por tráfico de drogas, homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Eles, conforme o delegado Harley, são os responsáveis pelos crimes diretos, como as execuções e expulsões, pois as lideranças não atuam diretamente nessas ações.
Essas pessoas foram cooptadas pelas facções na época dos ataques criminosos, quando houve uma série de atentados a coletivos, prédios e veículos particulares. Conforme Rattacaso, o objetivo da Polícia Civil tem sido atuar em toda a cadeia hierárquica.

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