Um dos integrantes de quadrilha que assaltou um banco em Aracoiaba, no
Interior do Ceará, foi condenado a 101 anos de prisão por latrocínio, lesão
corporal e roubo. O crime ocorreu em 8 de fevereiro de 2008 e deixou seis
pessoas mortas.
O réu Francisco Bentis Ferreira de Oliveira foi condenado por levar R$
26 mil e participar do assassinato de três PMs e dois reféns no dia do assalto.
Francisco Bentis estava preso desde o dia 10 de fevereiro de 2008. Ele
foi capturado por populares no município de Capistrano, distante cerca de 15 km
do local do crime, e entregue à polícia. Pelo menos três homens participaram do
assalto. Francisco Bentis era o único acusado ainda vivo.
A sexta vítima do roubo ao banco foi um dos criminosos, identificado
como Francisco Naildo Lima Alves, de alcunha "Bobi". Ele foi morto
durante confronto com os policiais na agência bancária.
O terceiro integrante do grupo criminoso morreu dias depois, também em
confronto com policiais. Aristótenes Nobre Maia, vulgo "Toti", estava
no distrito de Pedra Branca, quando foi identificado por PMs.
Confissão - Durante o interrogatório, Francisco Bentis
confessou o crime com riqueza de detalhes. Ele tentou, inclusive, atribuir o
assassinato dos policiais a um dos assaltantes mortos.
Crime - Um grupo armado invadiu uma agência bancária
no Centro de Aracoiaba e rendeu funcionários e clientes, no dia 8 de fevereiro
de 2008. Um servidor da agência, no entanto, conseguiu ligar para a polícia
enquanto os homens assaltavam os caixas eletrônicos.
Quatro policiais do Destacamento do município foram ao local para
verificar a ocorrência e entraram em confronto com o grupo. Os três criminosos
tentaram fugir, mas um deles foi atingido pelos PMs. Francisco Naildo morreu no
local.
Depois disso, Francisco Bentis e Aristotenes Nobre voltaram para
agência e fizeram dois clientes reféns. Eles utilizaram as vítimas como escudos
humanos para sair do banco.
Durante a fuga, os reféns conseguiram fugir e os criminosos
aproveitaram o momento para atirar contra os policiais. Três dos quatros PMs
foram alvejados por Francisco Bentis.
Ao ver os policiais caídos, os reféns voltaram para tentar socorrê-los
e acabaram sendo executados por Aristotenes. Em seguida, ele foi até os PMs e
disparou um "tiro de misericórdia" na cabeça de cada um.
O Subtenente Francisco Wagner Gomes Timóteo, o soldado Júlio Gibran
Pereira e o cabo José Tadeu Guimarães morreram no local. Os assaltantes
fugiram.
Dias depois, Aristotenes Nobre foi morto em confronto com PMs, enquanto
Francisco Bentis foi preso.
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