A Defesa Civil de Minas Gerais atualizou para 224 o número de mortes
confirmadas após o rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale em
Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
A barragem da Mina do Córrego do Feijão rompeu-se em 25 de janeiro
deste ano. A tragédia de Brumadinho ocasionou, além da morte de funcionários da
mineradora e moradores da cidade, a contaminação do Rio Paraopeba, que passou a
apresentar nível de cobre 600 vezes maior do que o normal, conforme apurou a
Fundação SOS Mata Atlântica. O rio era responsável por 43% do abastecimento
público da região metropolitana de Belo Horizonte.
Após o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, a
mineradora atualizou a situação de outras barragens. Desde então, o receio de
novas tragédias fez com que mineradoras passassem a reavaliar suas estruturas
em todo o país e a aumentar o fator de segurança de algumas delas, de um para
dois. No início de abril, a Vale afirmou que 17 de suas barragens não tinham
declaração de estabilidade válida.
Além de Brumadinho, já foram evacuadas pela Vale comunidades nas
cidades mineiras de Rio Preto, Barão de Cocais, Nova Lima e Ouro Preto.
Moradores também já foram retirados de suas casas nos municípios mineiros de
Itatiaiuçu, devido aos riscos envolvendo uma estrutura da Arcellor Mittal, e de
Rio Acima, após problema constatado pela empresa Minérios Nacional.
Processos - Em decorrência do episódio, a Vale responde
a processo na Justiça para reparação dos danos às vítimas e ao meio ambiente. A
empresa já teve mais de R$ 13 bilhões bloqueados por decisão judicial.
Em março, representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)
denunciaram em audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais que a
mineradora estava atrasando pagamentos emergenciais às famílias afetadas.
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