A exemplo do que ocorrera nos três primeiros meses do ano, abril também
terminou com chuvas acima da média histórica. A Fundação Cearense de
Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) observou o equivalente a 201.9
milímetros de chuva.
O volume pluviométrico do último mês representa desvio positivo de
7.4%, ante a média histórica para o período, que é de 188 milímetros. Em
janeiro, o desvio foi de 10.6%; em fevereiro, o maior desvio, com 45.4%; e
março choveu 15.6% a mais da média para o período.
Somados os volumes dos últimos três meses (fevereiro, março e abril) as
precipitações já atingiram a média histórica para o período da quadra chuvosa -
que se inicia em fevereiro e se estende até o fim de maio.
O órgão contabilizou o acumulado de 609,6 milímetros. Caso as chuvas em
maio alcançassem a média para o período, que é de 90.6 mm, o Estado
ultrapassará a média histórica para a quadra chuvosa.
Contraponto - Apesar dos significativos números, as
chuvas no Ceará continuam irregulares, isto é, chove bem em uma determinada
região e, em outra, há volumes diminutos. Neste ano, as precipitações têm se
concentrado na região Norte do Estado.
O cenário desfavorece os principais açudes cearenses. Os três maiores
acumulam baixos volumes. O Castanhão está com 5.40%; Orós, com 8.88% e o Açude
Banabuiú, 7.81%.
Dos 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos
Hídricos (Cogerh), 73 ainda estão com volume abaixo dos 30% e 20 estão no
volume morto.
Seis (Faé, Madeiro, Serafim Dias, Adauto Bezerra, Salão e Favelas)
estão totalmente secos. Ainda conforme dados do órgão, 32 reservatórios estão
sangrando e outros seis possuem volume acima dos 90%.
Últimas 24 horas - Entre terça-feira e esta quarta (dia 1º),
choveu em pelo menos 83 dos 184 municípios cearenses, conforme a Funceme. As
cidades de Aracati (74 mm), Beberibe (67 mm) e Aquiraz (62 mm) tiveram os
maiores volumes pluviométricos do Estado neste período.
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