Parlamentares resistem em aprovar
crédito solicitado pela equipe do governo
Sem um bom relacionamento no Congresso, o governo corre o risco de
ficar sem dinheiro para pagar benefícios assistenciais, como o Bolsa Família, a
partir do segundo semestre.
Parlamentares têm resistido em aprovar um crédito extra no valor de R$
248,9 bilhões solicitado pela equipe econômica de Jair Bolsonaro, que pede
urgência na liberação para não descumprir a chamada regra de ouro – que impede
a emissão de dívida para o pagamento de despesas correntes.
Nem mesmo o apelo do ministro da Economia, Paulo Guedes, feito nesta
semana em reunião na Câmara, surtiu efeito. Embora parlamentares reconheçam a
necessidade de liberar os recursos, o assunto esbarra no descontentamento com a
articulação do Planalto.
Deputados e senadores condicionam a aprovação do projeto a um diálogo
maior com o Executivo e cobram esclarecimentos sobre o tamanho do crédito
solicitado pelo governo. A desconfiança é de que a equipe de Bolsonaro
apresenta um quadro pior do que realmente é.
O projeto que libera os recursos foi encaminhado pelo governo ao
Congresso em março e desde então está parado na Comissão Mista de Orçamento. O
prazo para o colegiado analisar o pedido vai até novembro, mas o governo tem
pressa e quer a votação do texto até o mês que vem.
De acordo com Guedes, sem o crédito, os pagamentos de subsídios vão
parar em junho, de benefícios assistenciais, em agosto, e do Bolsa Família, em
setembro.
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