O veículo trafegava com placas
clonadas - O oficial foi autuado em flagrante na CGD
Tenente Geraldo Severo Filho é da
Reserva Remunerada da PM
Um oficial da Reserva Remunerada da Polícia Militar foi preso, em
flagrante, na noite da última sexta-feira (23), e autuado na Delegacia de
Assuntos Internos (DAI), da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da
Segurança Pública e do Sistema Penal (CGD). Este foi o segundo caso de policial
militar preso e autuado na CGD em apenas três dias.
A prisão aconteceu no bairro Conjunto Ceará (zona Sul da Capital), onde
o oficial, identificado como tenente Geraldo Severo dos Santos Filho, trafegava
em um automóvel roubado e com placas clonadas. Ele recebeu voz de prisão por
uma patrulha do 17º BPM e foi encaminhado à sede da CGD, na Praia de Iracema.
No Plantão da DAI, o oficial foi autuado em flagrante pelo crime de
receptação e, em seguida, levado à sede da Perícia Forense do Estado do Ceará
(Pefoce), onde foi submetido a exame de corpo de delito. Em seguida,
encaminhado ao Presídio Militar, no Centro. Por ser oficial, Geraldo Santos
deverá ser transferido para o quartel do antigo Batalhão de Polícia de Choque
(BPChoque), onde aguardará decisão Judicial para audiência de custódia.
PM baleado - Na última terça-feira (20), o cabo da PM,
José Thiago Dias de Vasconcelos, destacado no 15º BPM (Eusébio), foi baleado e
preso por agentes da CGD e da Coordenadoria de Inteligência Policial (CIP), no
bairro Antônio Bezerra (Zona Oeste da Capital), suspeito de praticar um crime
de extorsão. Vasconcelos recebeu um tiro
nas costas disparado pelo agente José Gomes Figueiredo Neto, inspetor da
Polícia Civil lotado na DAI.
A operação desastrosa dos agentes da Controladoria Geral de Disciplina
gerou uma onda de protestos nas redes sociais e na Imprensa com denúncias de
atos de abuso de autoridade e ilegalidades praticadas de forma recorrente pela
CGD.
Há dois anos, um inspetor da Polícia Civil morreu vítima de um infarto
ao ser pressionado psicologicamente e constrangido durante um depoimento na
CGD. A família dele processa o estado.
Extinção - Apesar de ser um órgão que deve atuar
apenas no campo disciplinar, a CGD tem extrapolado sua competência legal e
investigado crimes comuns, como assassinatos, chacinas, roubos, extorsões e
outros delitos, como se fosse um órgão investigativo da Polícia Judiciária ou
do Judiciário e do Ministério Público. Nas mãos do governador do Ceará, Camilo
Santana (PT), há uma proposta de extinção do órgão, único no País a desenvolver
tais atividades.
Policiais civis e militares têm denunciado as constantes
arbitrariedades e ilegalidades praticadas pela equipe da DAI. Diversos
incidentes já foram registrados nos últimos dois anos.
FONTE – cn7.com.br
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