O Açude Castanhão, maior reservatório de água doce do Ceará, atingiu
neste mês o segundo pior volume hídrico para setembro, desde a sua construção,
com 4,47% da sua capacidade.
O baixo volume de água do reservatório é decorrente do reduzido aporte
verificado na quadra chuvosa deste ano, na Bacia do Salgado. Nesse período, o
Castanhão teve um ganho de apenas 5% de seu volume.
No ano passado, mesmo com menos pluviometria registrada pela Funceme, o
açude pegou uma recarga hídrica de 8%, durante o período chuvoso.
Se o maior Açude do Estado padece de baixo volume hídrico, o Orós
caminha no mesmo rumo, com 7,58% de sua capacidade. O baixo volume do açude já
impactou na economia local, com o fim dos criatórios intensivos de tilápia,
além da impossibilidade de irrigação.
Dos 155 açudes públicos cearenses monitorados pela Cogerh, apenas 16
atingiram - e superaram - este número tido como adequado. A maioria deles, no
entanto, está localizada nas Bacias do Acaraú, Coreaú e Curu, nas regiões Norte
e Litorânea.
Deste universo, apenas dois (Angicos e Gameleira) possuem capacidade
máxima acima dos 50 milhões de m³. Os demais são açudes pequenos e sem grande
influência para as cidades.
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