A suspeita, que se encontra presa
preventivamente, poderá ficar em prisão domiciliar após pagamento de fiança
Clínica clandestina de aborto é fechada
em Baturité
A Justiça determinou prisão domiciliar, em uma audiência de custódia
realizada nesta terça-feira (24), da idosa Aldira Paixão dos Santos, de 80
anos, suspeita de manter uma clínica de aborto em Baturité, no interior do Ceará.
A idosa, que está presa preventivamente, deverá ficar em prisão domiciliar após
pagamento de fiança.
Conforme a polícia, Aldira foi presa na sexta-feira (20) por manter uma
clínica clandestina de aborto, que funcionava em um quarto escuro e insalubre
em cima de um restaurante do município de Baturité. Ainda de acordo com a
polícia, a clínica funcionava há cerca de 10 anos. A defesa do casal nega a
existência da clínica. A idosa chegou a admitir praticar procedimentos
abortivos no passado, porém negou continuar com a prática clandestina
atualmente. O marido da mulher, Francisco Valmir, 73 anos, chegou a ser preso
na ação, por porte ilegal de arma, mas foi liberado após pagar fiança.
Na audiência que aconteceu na 2º Vara da Comarca de Baturité, a juíza
Verônica Margarida Costa de Moraes converteu em preventiva a prisão em
flagrante da suspeita. A magistrada determinou o pagamento de fiança
equivalente a dez salários mínimos para, assim, logo após a quitação, a idosa
ficar em prisão domiciliar, sob monitoração eletrônica à disposição da Justiça.
Segundo a investigação policial, para ter acesso à clínica, as
possíveis pacientes precisavam subir por uma escada estreitada por paredes
velhas e sujas, depois adentrar um corredor com duas portas à esquerda. Na
segunda porta, fica o quarto onde ocorriam os procedimentos, segundo a
investigação policial.
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