Garçom foi atingido por bala durante
operação na Zona Norte do Rio
Um cearense que trabalhava em um bar foi baleado e morto a tiros na
manhã do último sábado (9), na comunidade Barreira do Vasco, em São Cristóvão,
na Zona Norte do Rio de Janeiro. Moradores denunciam que ele foi baleado na
cabeça por policiais militares.
A esposa de Laércio, Ana Arlete Farias, de 25 anos, ainda estava
dormindo quando recebeu a notícia. Na última vez que se falaram, por volta das
22h de sexta através de uma chamada de vídeo, Laércio disse que passaria numa
loja para comprar uma sanduicheira antes de voltar para casa.
O casal é do Ceará, mas se conheceu no Rio de Janeiro e estava junto há
apenas 5 meses. Tinham planos de, a partir de janeiro, começar a construir uma
casa em Ipaporanga, em sua terra natal.
Testemunhas disseram que Francisco Laércio de Paula Lima, de 26 anos,
voltava do trabalho por volta de 7 horas da manhã, quando foi surpreendido por
policiais militares que saíram de um beco atirando e mandando quem estava na
rua não correr.
Ele foi atingido com um tiro e tentou se abrigar próximo a um muro,
logo em seguida foi atingido por outro disparo, desta vez na cabeça, e morreu
no local. Ele estava com um copo de café e uma sacola na mão quando foi
alvejado.
Comunidade protesta - Moradores se revoltaram com a morte do
garçom e realizaram um protesto na comunidade. Parentes da vítima que moram no
Ceará já ficaram sabendo da morte dele e preparam o traslado do corpo para o
município cearense de Ipaporanga, onde mora a família.
Presos PMs que participaram de operação que resultou na morte
de garçom na Barreira do Vasco
A Polícia Militar do Rio informou que estão presos os policiais da
Unidade de Polícia Pacificadora da Barreira do Vasco, em São Cristóvão, Zona
Norte do Rio, envolvidos na operação que resultou na morte do garçom Francisco
Lima, 26 anos, na manhã deste sábado (9).
De acordo com nota publicada pela corporação no Twitter na noite deste
sábado, os agentes foram autuados pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora,
por desobediência de ordem e descumprimento de missão, ambos crimes militares.
A nota ressalta que "a prisão dos policiais não se baseou na morte
do morador e sim pela quebra dos protocolos estabelecidos pela Corporação".
Segundo a corporação, a morte de Francisco Paula está sendo apurada
pela Delegacia de Homicídios, em paralelo ao Inquérito Policial Militar (IPM)
que seguirá os trâmites internos.
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